RITMOS DIFERENTES
Num jogo intenso e dividido até ao intervalo, o Rio Ave soube depois aproveitar a velocidade dos seus jogadores para construir uma vitória clara
Com três golos entre o final da primeira parte e o início da segunda, o Rio Ave venceu no campo do rival Varzim de forma incontestável e deixou uma forte mensagem à concorrência na luta pela subida de divisão. O jogo foi equilibrado até ao intervalo, tendo o Varzim entrado melhor, pressionando e criando duas excelentes ocasiões: na marcaçãode um livre,Mu ri lo acertou na barra e Zimbabwe evitou, de seguida, um golo certo de Agdon após trabalho de Heliardo. O Rio Ave respondeu de imediato com um remate de Joca, mas demorou até entrar verdadeiramente no jogo e, quando o conseguiu, fez a diferença. Nos últimos minutos da primeira parte, os vila-condenses pressionaram, ameaçaram por Pedro Mendes e marcaram num lance de contra-ataque de Gabrielzinho.
Ficou evidente que os poveiros precisavam do intervalo para se reorganizarem, mas aconteceu precisamente o contrário, contando que o Rio Ave percebeu os espaços que podia explorar e marcou dois golos de rajada para acabar com a discussão. Na sequência de um remate de Guga e de uma defesa incompleta de Ricardo, Pedro Mendes serviu Joca no segundo golo, seguindo-se o melhor momento do encontro: Joca fez uma roleta em cima de João Reis, conduziu a bola para o ataque e lançou Costinha, que sentou Zé Tiago e cruzou para o cabeceamento certeiro de Guga. Seguiu-se a expulsão de Costinha e o recolher do Rio Ave para defender, com tranquilidade, a vantagem em inferioridade numérica. O dérbi foi vencido pela equipa mais competente.
“Demos espaços e o Rio Ave tirou proveito disso”
António Barbosa Treinador do Varzim
“Estabilizámos e conquistámos uma vitória justa”
Luís Freire Treinador do Rio Ave