O Jogo

SÓ MAS DÁ LUTA A ROGLIC

Damiano Caruso aproveitou a fuga para dar a 22.ª vitória da época à Bahrain-Victorious, mas a Volta a Espanha chegou ao dia de descanso com dois dominadore­s e a Ineos atrasada

- CARLOS FLÓRIDO

Movistar está finalmente a lutar de novo pela geral de uma Grande Volta, embora o esloveno permaneça imperturbá­vel na liderança. A novidade da primeira semana foi a quebra de Egan Bernal e da Ineos

••• “Há muito tempo que não me sentia tão bem em cima de uma bicicleta”, confessou Enric Mas no Alto de Velefique, montanha que a Volta a Espanha subiu pela segunda vez, e novamente com boas memórias para os corredores da casa. Se em 2009 era Alejandro Valverde a liderar a corrida, que acabaria por vencer, ontem o novo líder da Movistar entusiasmo­u os espanhóis, que desde 2014, com Alberto Contador, não têm o vencedor da sua maior corrida. No entanto, e se Mas atacou de forma a fazer diferenças, a etapa foi para o fugitivo Damiano Caruso e na sua roda seguiu sempre Primoz Roglic, inabalável de camisola vermelha.

“Não empurrei o Roglic para as cordas. Íamos os dois no máximo e, se era eu que puxava mais, porque tenho de ganhar tempo, ele ainda colaborou bem e ganhamos os dois com isso. Fico contente por, pelo menos, ter estado ao nível do Roglic”, explicou o corredor da Movistar, que já não foi a tempo de alcançar o italiano da Bahrain, vencedor da etapa, mas ganhou tempo aos restantes rivais.

Naquela que era a segunda etapa da época com mais acumulado em subida – 4725 metros, só aquém dos 4957 a cumprir na 18.ª tirada desta Vuelta –, a Movistar fez uma boa operação em relação ao terceiro candidato ao triunfo final, Egan Bernal. O colombiano da Ineos fez a última das quatro subidas em dificuldad­es e os ataques de Miguel Ángel López no quarteto que perseguia Roglic e Mas – López, Bernal, Adam Yates e Jack Haig – deixaram-no sozinho, mesmo tendo sido a Ineos a acelerar a corrida antes do Velefique.

“O plano era atacar, esticar o pelotão, mas depois tivemos de virar a página. Os outros estavam muito fortes. Sinto-me bem, mas não consigo lidar com as mudanças de ritmo”, explicou Bernal, que perdeu 1m05s para Roglic, ficou a 1m52s da liderança e terá de melhorar muito para fazer a dobradinha GiroVuelta. A corrida espanhola, até ver, encaminha-se para um tri do esloveno.

“Há muito tempo que não me sentia tão bem em cima de uma bicicleta”

Enric Mas

Movistar

“Foi um dia duro, quente e de subidas difíceis. O Enric Mas estava forte”

Primoz Roglic

Jumbo-Visma

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Enric Mas puxa até ao limite, com Primoz Roglic na sua roda

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