O Jogo

“Recado” na chama e ameça covid

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Yui Kamiji (ténis), Shunsuke Uchida (boccia) e Karin Morisaki (halterofil­ismo) acenderam a pira olímpica e enviaram uma mensagem ao país, onde se considera que os deficiente­s ainda são descrimina­dos. A covid-19 foi outro tema inevitável: a delegação da Nova Zelândia não compareceu, por precaução, surgiu o primeiro positivo num atleta da Aldeia Olímpica – há um total de 154 casos desde 12 de agosto – e Tóquio vive em estado de emergência e situação bem pior. Havia 3900 positivos/dia a 24 de julho, a média atual é de 22 mil/dia. atletas de 22 países. Todos os números aumentaram imenso, incluindo os do alcance do evento: as 50 televisões europeias oficiais, entre as quais se inclui a RTP, vão transmitir 1200 horas de competiçõe­s, superando as 1100 do Rio’16. O IPC estima uma audiência global recorde de 4,25 mil milhões de telespecta­dores para provas que serão à porta fechada – algumas com crianças de escolas nas bancadas.

As provas começaram na última madrugada, com Portugal a ter David Grachat (400 livres/S9) e Susana Veiga (50 livres/S10) na natação. Esta noite irão competir mais dois nadadores, Marco Meneses (400 livres/S11, à 1h49) e Diogo Cancela (100 bruços/SB8, às 2h54) e o ciclista Telmo Pinão, que terá as eliminatór­ias de perseguiçã­o (C2) a partir das 3h00. Todos tentarão seguir o lema dos Jogos, “Temos asas”.

Cerimónia de Abertura, que não teve público mas impression­ou, contou com 714 artistas, 166 deles com deficiênci­a, alertando o Japão para diferenças de tratamento que o país ainda não superou

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