Saradas feridas “profundas”
Acesso à Liga 3 foi vedado por incumprimentos financeiros. Direção refez a equipa e vai à luta “sozinha”
Processo de insolvência interposto, em janeiro, pelo antigo presidente Manuel Rodrigues afastou o investidor. António Pinho procura outro parceiro, ao mesmo tempo que pisca o olho à subida
●●● Há três meses, Leça da Palmeira estava em festa com a subida à Liga 3. No entanto, a inscrição foi chumbada pela FPF e o clube teve que se refazer, no meio da tristeza. Manteve-se no Campeonato de Portugal e agora já só olha para o futuro. “Estivemos a lamber as feridas que foram bem profundas. Um processo de insolvência interposto pelo antigo presidente Manuel Rodrigues, em janeiro, fez com que o investidor saísse, o Leça não tinha a certidão de não dívida ao fisco, avançámos com uma SAD, que estava limpa, a FPF não atendeu a isso e o assunto continua no TAD”, explicou o presidente, António Pinho. “Queremos chegar à Liga 3. Desportivamente estávamos lá”, lembrou.
A estreia na série C faz-se domingo, em Ovar, diante do Espinho. Luís Pinto foi o homem escolhido para assumir o comando e fala de um “ótimo desafio”. “Estamos a construir um plantel onde ainda nos faltam algumas peças. Objetivos? Queremos fazer de cada treino o melhor de todos. Estou bastante satisfeito com a entrega da equipa”, elogiou.
O grupo foi formado sem investidores, embora António Pinho esteja à procura de um parceiro. “Demos um passo atrás para ver se conseguimos dar dois à frente. Sozinhos será muito difícil e precisamos de ajuda, que tem de ser bem pensada e apresentada aos sócios. As dificuldades são tremendas. Não temos parceiro, mas avançámos sozinhos e, de uma ou outra forma, estamos aqui para resolver os problemas do Leça”, garantiu.