Jesus exige ter mais um central
Técnico encostou a SAD à parede, ao afirmar que ter só Vertonghen, Otamendi, Lucas e Morato não chega
“O Benfica precisa de arranjar mais um central. Quem é? Não sei...”
Jorge Jesus Treinador do Benfica
Numa análise ao mercado, o técnico assumiu ainda a inevitável saída de Carlos Vinícius, que será “sacrificado” por excesso de avançados no plantel e porque é, nesta fase, aquele que tem interessados
Jorge Jesus quer mais uma opção para o eixo defensivo além de Lucas Veríssimo, Otamendi, Vertonghen e Morato. A intenção foi ontem deixada bem clara pelo treinador dos encarnados durante a conferência de Imprensa após o embate com o Tondela na Luz. A dois dias de fechar o mercado de transferências, o técnico apontou ao elevado número de atacantes que tem para “solicitar” à SAD mais um homem para o eixo defensivo.
“Temos excesso de avançados e, lá atrás, precisamos de mais um central. Hoje [ontem] joguei com dois mas normalmente jogo com três e só tenho um jogador para fazer alguma rotatividade ou compensar uma eventual lesão. Já estive a fazer contas e estes vão fazer um mínimo de 60 jogos, contando com as seleções. Por isso, o Benfica precisa de arranjar mais um central. Quem é? não sei...”, atirou Jorge Jesus. O nome de David Luiz tem sido o mais aventado como possível contratação, um defesa que o próprio técnico já assumiu ser seu amigo, com quem fala regularmente e que, sabe O JOGO, pediu para ser contratado até porque está livre. As próximas horas serão determinantes para se saber se o internacional brasileiro, de 34 anos, será contratado, sendo certo que até ontem as negociações não avançaram.
Jesus assumiu, também, que Carlos Vinícius, ontem não convocado, tem guia de marcha da Luz. “Vamos tentar libertá-lo, não sei se conseguimos. Se não tiver clubes interessados, vai ficar e vou ficar satisfeito na mesma, não há problema nenhum. Para a situação financeira do clube já não. Vinícius é quase o único que tem mercado e, se tiver de ser sacrificado, será um dos jogadores que sai”, justificou o técnico, elogiando ainda o facto do avançado ser “um profissional espetacular” e que não lhe deu “tantas oportunidades como se calhar merecia.”