O Jogo

Tanque e um exército

A pressão do Portimonen­se nos dez minutos finais foi avassalado­ra, mas o Paços guardou a sete chaves o golo do brasileiro e nem acusou a eliminatór­ia com o Tottenham

- HÉLIO NASCIMENTO

“É inequívoco que fizemos um jogo merecedor de vitória. Muitas situações de golo e uma quantidade também de más decisões nos últimos metros”

Paulo Sérgio

Treinador do Portimonen­se

“Sou um treinador satisfeito por esta vitória arrancada a ferros, e de superação, concluindo um ciclo tremendame­nte exigente”

Jorge Simão

Treinador do Paços de Ferreira

Jorge Simão reconheceu que houve uma pontinha de felicidade numa vitória que premiou, sobretudo, a fibra e a entreajuda dos seus jogadores, além de uns pozinhos de bom futebol

●●● Douglas Tanque só precisou de uma ocasião para fazer golo, enquanto, do outro lado, Luquinha, Angulo e sobretudo Renato Júnior nunca tiveram pontaria para garantir o ponto que o Portimonen­se acabou por justificar, sem tirar mérito, no entanto, à solidez do Paços de Ferreira, que guardou a sete chaves a vantagem. O canto do cisne algarvio surgiu já nos descontos, quando uns poucos centímetro­s roubaram a Aponza, que saltou dos sub-23, a glória quase suprema: fez golo, mas estava em fora-de-jogo…

Com Willyan de novo a trinco e a recuar à zona dos centrais na primeira fase de construção, o Portimonen­se aproveitou a embalagem de Carlinhos e Lucas Fernandes para construir alguns lances bem giza colocar à prova a defesa do Paços, cuja resposta passou, sobretudo, pelas bolas paradas, com a habitual precisão de Antunes a deixar o aviso.

Sem Beto, mas com Renato Júnior determinad­o a mostrar serviço, os algarvios mantiveram a dinâmica dos últimos jogos, privilegia­ndo o passe e a posse de bola, enquanto os pacenses, revelando disponibil­idade total, não acusavam desgaste da eliminatór­ia com o Tottenham. E melhor ficaram quando Douglas Tanque tirou partido de um excesso de confiança do adversário e inaugurou o marcador, quiçá do modo e na altura que menos se esperava.

Paulo Sérgio trocou o central Lucas pelo criativo Luquinha, ao intervalo (Willyan recuou para central), e a pressão aumentou, passando a jogarse muito mais no meio-campo pacense, mas a falta de critério no último passe também ditou leis. As tentativas de Anderson, Luquinha e Angulo andaram sempre a cheirar o golo, até à perdida incrível de Renato Júnior, mesmo nos minutos finais. Pelomeio, falou também muito alto o rigor de Luiz Carlos e Eustáquio e o acerto dos centrais do Paços, exímios a segurar a magra vantagem.

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Pacense Lucas Silva tenta ganhar o lance ao lateral dos algarvios, Moufi

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