O Jogo

O LEÃO MAIS FRUGAL DESDE 2015

Nem o título convenceu a SAD a arriscar no mercado

- FREDERICO BÁRTOLO RAFAEL TOUCEDO

O plano já estava em marcha e foi agravado pelos efeitos da pandemia de covid-19 na tesouraria do clube. A quebra no investimen­to não belisca a ambição leonina para a época 2021/22

O Sporting investiu apenas 12 milhões de euros em reforços na janela de mercado de verão para atacar a temporada 2021/22, na qual aposta na revalidaçã­o do título nacional e ainda numa prestação digna na Liga dos Campeões. A mencionada despesa em reforços é a mais baixa desde 2015/16, época em que o leão gastou 9,2 milhões de euros, tendo falhado a entrada na liga milionária pouco antes de o mercado fechar (caiu ante o CSKA de Moscovo no play-off ).

Como se pode ver no quadro nestas páginas, que recolhe dados das dez últimas temporadas, nas últimas cinco épocas o Sporting investia sempre no defeso valores que rondavam os 20 milhões e até aos 30. Um investimen­to que, contudo, era espelho de maiores receitas em vendas (neste verão, o leão somou apenas 18,6 M€ em saídas). O Sporting não conseguiu a desejada grande venda (tem a de Nuno Mendes em vista para o próximo verão, caso o PSG acione a opção de compra de 40 milhões), mas alcançou na mesma o equilíbrio financeiro e estofo para enfrentar as dívidas e as despesas correntes graças à antecipaçã­o de receitas da Champions (o bolo que cabe aos leões, para já, é de 27 milhões de euros). Além disso, com mais de 20 saídas de jogadores excedentár­ios, o clube poupou cerca de 15 milhões em ordenados, o que também alivia a pressão financeira.

Os mencionado­s 12 milhões de euros gastos nesta época correspond­em a apenas dois jogadores, de um total de seis contrataçõ­es para o plantel principal: Ricardo Esgaio represento­u despesa de 5,5 milhões e Manuel Ugarte de 6,5 por metade do passe. Além destes, os verdes e brancos assegurara­m três empréstimo­s, casos de João Virgínia, Rúben Vinagre e

Pablo Sarabia. E ainda pescaram na formação do FC Porto um reforço a custo zero, o jovem lateral-direito Gonçalo Esteves, que trabalha com Amorim embora ganhe minutos de competição na equipa B.

E se a SAD não era tão poupada desde 2015/16, outro facto curioso é que não mexia tão pouco no grupo desde 2012/13, ano em que foram contratado­s também seis reforços (Marcos Rojo, Valentín Viola, Zakaria Labyad, Danijel Pranjic, Khalid Boulahrouz e Gelson Fernandes). A coesão e bom funcioname­nto do grupo campeão, do qual saiu apenas uma unidade titular (Nuno Mendes), explica o rigoroso cumpriment­o do plano de austeridad­e.

Leão contratou Virgínia, Vinagre e Sarabia por empréstimo, Gonçalo Esteves Livre, e pagou por Esgaio (5,5 M€) e Ugarte (6,5 M€)

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