“Estamos mais fortes do que em 2020/21”
Com os reforços e a “resistência ao assédio” a Díaz e Otávio, Pinto da Costa faz balanço positivo do mercado
Líder portista criticou a densidade competitiva das atuais data FIFA e mostrouse otimista para a Champions onde, apesar do difícil grupo, o FC Porto “não abdica da intenção de avançar” até à fase a eliminar
Na página que assina na revista “Dragões” deste mês, Pinto da Costa faz um balanço positivo do defeso no FC Porto, destacando a entrada de cinco jogadores e a manutenção do núcleo duro. “Ao longo de uma época de futebol, todos os meses são importantes, mas setembro tem várias caraterísticas especiais: é o primeiro mês em que o mercado de transferências de jogadores já está fechado; é, também, o mês da primeira paragem para jogos das seleções nacionais; e é, por fim, o mês em que arrancam as grandes competições europeias de clubes. Todos estes aspetos têm muita relevância e podem ter um impacto grande no que se vai passar até maio”, começou por escrever o presidente portista antes de esmiuçar o mercado. “Há alguns pontos positivos a destacar. O FC Porto contratou cinco jogadores – Fábio Cardoso, Wendell, Pepê, Grujic e Bruno Costa – e reforçou a profundidade do plantel em posições que o treinador considerava importante melhorar. Simultaneamente, teve capacidade para resistir ao assédio a alguns dos atletas mais requisitados pelos clubes mais poderosos financeiramente, como são os casos de Otávio e Luis Díaz, evitando assim diminuir a competitividade do plantel”, assumiu. Por tudo isso, acredita “que no arranque de 2021/22 estamos mais fortes do que no encerramento de 2020/21, e isso é obviamente positivo.”
No último dia da janela de transferências, o clube cedeu Baró (Estoril) e Diogo Leite (Braga) e estes não foram esquecidos pelo presidente. “[O FC Porto] emprestou jovens em que deposita grandes expectativas para o futuro, concedendolhes a oportunidade de jogarem mais e crescerem”, referiu.
Depois, Pinto da Costa criticou o atual calendário, com as seleções a fazerem três jogos numa semana. ”A densidade competitiva destas datas internacionais é absurda e os interesses dos clubes, que são quem paga aos jogadores, não estão salvaguardados. É incompreensível que haja atletas a representar equipas nacionais menos de 48 horas antes de terem compromissos importantes ao serviço dos clubes. E é ainda mais incompreensível e inaceitável que as instituições que governam o futebol e deviam ter a preocupação de zelar pela qualidade das competições nada falem para tentar pôr cobro a isto. Essa é a realidade em Portugal, mas
mesmo aqui ao lado, em Espanha, o cenário é bem diferente, com a Liga a enfrentar a FIFA em tribunal, e a conceder apoios aos clubes e a adiar jogos das equipas mais prejudicadas pelas seleções”, sublinhou.
Apesa destas “dificuldades”, a ambição do FC Porto não é beliscada, garantiu. “Este mês começaremos a discutir a Liga dos Campeões pela 25ª vez na história, um registo só ultrapassado pelo Barcelona e o Real Madrid, e, apesar de estarmos inseridos num grupo muito difícil, não abdicamos da intenção de avançar para as fases a eliminar. É um desafio à altura da nossa história, desde há muito repleta de grandes momentos de superação.”