O Jogo

“Estamos mais fortes do que em 2020/21”

Com os reforços e a “resistênci­a ao assédio” a Díaz e Otávio, Pinto da Costa faz balanço positivo do mercado

- CARLOS GOUVEIA

Líder portista criticou a densidade competitiv­a das atuais data FIFA e mostrouse otimista para a Champions onde, apesar do difícil grupo, o FC Porto “não abdica da intenção de avançar” até à fase a eliminar

Na página que assina na revista “Dragões” deste mês, Pinto da Costa faz um balanço positivo do defeso no FC Porto, destacando a entrada de cinco jogadores e a manutenção do núcleo duro. “Ao longo de uma época de futebol, todos os meses são importante­s, mas setembro tem várias carateríst­icas especiais: é o primeiro mês em que o mercado de transferên­cias de jogadores já está fechado; é, também, o mês da primeira paragem para jogos das seleções nacionais; e é, por fim, o mês em que arrancam as grandes competiçõe­s europeias de clubes. Todos estes aspetos têm muita relevância e podem ter um impacto grande no que se vai passar até maio”, começou por escrever o presidente portista antes de esmiuçar o mercado. “Há alguns pontos positivos a destacar. O FC Porto contratou cinco jogadores – Fábio Cardoso, Wendell, Pepê, Grujic e Bruno Costa – e reforçou a profundida­de do plantel em posições que o treinador considerav­a importante melhorar. Simultanea­mente, teve capacidade para resistir ao assédio a alguns dos atletas mais requisitad­os pelos clubes mais poderosos financeira­mente, como são os casos de Otávio e Luis Díaz, evitando assim diminuir a competitiv­idade do plantel”, assumiu. Por tudo isso, acredita “que no arranque de 2021/22 estamos mais fortes do que no encerramen­to de 2020/21, e isso é obviamente positivo.”

No último dia da janela de transferên­cias, o clube cedeu Baró (Estoril) e Diogo Leite (Braga) e estes não foram esquecidos pelo presidente. “[O FC Porto] emprestou jovens em que deposita grandes expectativ­as para o futuro, concedendo­lhes a oportunida­de de jogarem mais e crescerem”, referiu.

Depois, Pinto da Costa criticou o atual calendário, com as seleções a fazerem três jogos numa semana. ”A densidade competitiv­a destas datas internacio­nais é absurda e os interesses dos clubes, que são quem paga aos jogadores, não estão salvaguard­ados. É incompreen­sível que haja atletas a representa­r equipas nacionais menos de 48 horas antes de terem compromiss­os importante­s ao serviço dos clubes. E é ainda mais incompreen­sível e inaceitáve­l que as instituiçõ­es que governam o futebol e deviam ter a preocupaçã­o de zelar pela qualidade das competiçõe­s nada falem para tentar pôr cobro a isto. Essa é a realidade em Portugal, mas

mesmo aqui ao lado, em Espanha, o cenário é bem diferente, com a Liga a enfrentar a FIFA em tribunal, e a conceder apoios aos clubes e a adiar jogos das equipas mais prejudicad­as pelas seleções”, sublinhou.

Apesa destas “dificuldad­es”, a ambição do FC Porto não é beliscada, garantiu. “Este mês começaremo­s a discutir a Liga dos Campeões pela 25ª vez na história, um registo só ultrapassa­do pelo Barcelona e o Real Madrid, e, apesar de estarmos inseridos num grupo muito difícil, não abdicamos da intenção de avançar para as fases a eliminar. É um desafio à altura da nossa história, desde há muito repleta de grandes momentos de superação.”

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Pinto da Costa acredita que o FC Porto pode fazer uma boa Liga dos Campeões apesar do grau de dificuldad­e dos adversário­s que calharam no Grupo A
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