Inglaterra goleou contra o racismo
Sterling foi insultado no triunfo (4-0) na Hungria. Polónia de Paulo Sousa venceu e reentrou na luta
À semelhança do que já tinha acontecido no Europeu’2020 nos jogos da Hungria frente a Portugal e França, a Arena Puskas voltou ontem a ser palco de manifestações racistas por parte do público magiar. Desta feita a vítima foi Sterling, autor do primeiro golo da Inglaterra na goleada sobre a Hungria (4-0). Nos festejos, o extremo do City foi alvo de cânticos a imitar um macaco, além de ter sido atingido por copos e sinalizadores arremessados por membros da claque da Hungria, que já tinha assobiado os jogadores ingleses por se terem ajoelhado contra o racismo antes do apito inicial. “Não me apercebi dos cânticos de macaco porque havia muito barulho, mas ouvi bem os assobios quando nos ajoelhámos e isso é inaceitável”, frisou Gareth Southgate, no final do jogo.
Respondendo dentro das quatro linhas ao abuso a Sterling, a vice-campeã europeia pisou no acelerador e chegou ao 4-0 com golos de Kane (63’), Maguire (69’) e Rice (87’). O resultado permitiu à equipa de Gareth Southgate cimentar a liderança no grupo I: venceu os quatro jogos já disputados e tem cinco pontos de avanço sobre a mais direta perseguidora, que passou a ser a Polónia de Paulo Sousa.
Pressionado pela crítica após um Europeu aquém das expectativas, o português ganhou um balão de oxigénio com a vitória sobre a Albânia (4-1). Lewandowski, Buksa, Krychowiak e Linetty marcaram os golos do segundo triunfo de Paulo Sousa em nove jogos pela seleção polaca. “Mostrámos boa mentalidade, mas ainda temos de melhorar no meio-campo”, disse o luso.