O Jogo

INTRUSO COM TOQUE CATALÃO

Catar abraçou as ideias da escola do Barcelona para brilhar no seu Mundial

- DUARTE TORNESI

Base do próximo rival de Portugal, orientado por Félix Sánchez, é formada por jogadores do Al-Sadd de Xavi. Testes na Europa complement­am participaç­ões na Gold Cup (2021) e Copa América (2019)

Determinad­o a fazer boa figura no Mundial que vai organizar em 2022, o Catar tem protagoniz­ado uma preparação nunca vista em anfitriões da competição. Integrada no grupo A do apuramento europeu, a seleção asiática terá direito a dez particular­es frente a seleções europeias, o próximo dos quais já amanhã frente a Portugal, que complement­am as participaç­ões na Gold Cup (2021) e na Copa América (2019) de uma equipa que procurou na Catalunha o segredo para competir com as maiores equipas do planeta.

Contratado aos juniores do Barcelona em 2006 pela Academia Aspire, o selecionad­or Félix Sánchez deu nas vistas ao ponto de ser contratado pela federação catari para orientar os sub-19, em 2013. O bom trabalho realizado nas camadas jovens durante quatro anos valeu-lhe a ascensão à seleção principal, onde, em 2019, conquistou o primeiro título da história do país: a Taça da Ásia.

Por essa altura já o Catar tinha desistido de uma política baseada em naturaliza­ções para uma aposta a médio prazo no talento local. Para essa meta muito contribuiu a chegada de Xavi ao futebol local. Contratado pelo Al-Sadd ao Barcelona em 2015, o médio capitaneou a equipa até 2019, quando passou a treinador e deu sequência à aposta na formação iniciada por Jesualdo Ferreira. A estreita colaboraçã­o entre Sánchez e Xavi está bem patente no plantel do próximo adversário de Portugal, que contém 14 jogadores do AlSadd em 30 eleitos. Outros nove vêm do Al-Duhail, equipa que contratou Luís Castro no passado mês de agosto.

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Ali Almoez é a principal arma ofensiva do próximo adversário de Portugal

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