UEFA JÁ DISSE ADEUS
Diminuição da liquidez mantém imperativo de vender na janela de janeiro
PROJEÇÃO DE CERCA DE 30 M€ POSITIVOS NO ATUAL EXERCÍCIO LIBERTOU FC PORTO DAS AMARRAS DO FAIR-PLAY FINANCEIRO
Decisão tirou pressão aos dragões nos últimos dias de mercado
Varela chamado aos treinos da equipa principal
Todos inscritos na Liga dos Campeões
Encerramento do processo deu alguma margem de manobra ao FC Porto para recusar maus negócios nos últimos dias de mercado, à espera de um janeiro mais favorável aos clubes vendedores
A FC Porto SAD vai apresentar resultados positivos de cerca de 30 milhões de euros no próximo relatório e contas, mas, mesmo sem a comunicação desses números - que ainda demorará algumas semanas -, já está oficialmente livre da jurisdição do fair-play financeiro da UEFA. Foi aliás essa recente alteração de circunstâncias que tornou menos imperiosa a venda de um jogador neste final de mercado e permitiu ao FC Porto adotar uma posição negocial menos fragilizada. Continua a ser fundamental, para a SAD, vender futebolistas na janela de transferências de janeiro, mas por necessidade de liquidez, não por imposições da UEFA.
Mesmo sem o jugo do fairplay, a pressão financeira sobre o Dragão mantém-se e continuará a obrigar a contenção, até porque a folha salarial será ainda problemática, com as renovações em alta (e permanência no plantel) de Sérgio Oliveira e Otávio. Fernando Gomes, ouvido por O JOGO, entende que o lado mais benéfico desta “saída limpa” será o aumento de confiança das fontes de financiamento. Já é assumido em toda a Imprensa europeia que serão poucos os clubes, pelo menos fora de Inglaterra, que fecharão este exercício da pandemia com resultados positivos. Só em 2022 são esperados sinais sólidos de retoma.
Para o FC Porto é um regresso ao verde, depois das perdas recorde de 116 milhões de euros em 2020, cerca de 18 milhões das quais provenientes da queda das receitas ordinárias gerada pela pandemia e
Num ano em que uma maioria de clubes apresentará resultados negativos, o administrador Fernando Gomes vê como principal benefício o aumento de confiança das fontes de financiamento
70 milhões a menos nos prémios da UEFA. Em 2019, a SAD fechara com quase 10 M€ positivos.
Fora do mecanismo de controlo financeiro da UEFA, o FC Porto deixa de ter de prestar contas regulares e também desaparecem os limites à inscrição de jogadores na Liga dos Campeões, que, de resto, já não se verificaram na lista dada ontem a conhecer.
Ficaram por concretizar as saídas previstas de Vítor Ferreira, Corona (em fim de contrato) e Sérgio Oliveira, mas as consequências imediatas são “apenas” uma diminuição na liquidez projetada, considerada resolúvel na janela de transferências de janeiro. Nessa altura, negociar pelo menos um jogador deverá ser fundamental para a SAD portista.