O Jogo

UEFA JÁ DISSE ADEUS

Diminuição da liquidez mantém imperativo de vender na janela de janeiro

- JOSÉ MANUEL RIBEIRO

PROJEÇÃO DE CERCA DE 30 M€ POSITIVOS NO ATUAL EXERCÍCIO LIBERTOU FC PORTO DAS AMARRAS DO FAIR-PLAY FINANCEIRO

Decisão tirou pressão aos dragões nos últimos dias de mercado

Varela chamado aos treinos da equipa principal

Todos inscritos na Liga dos Campeões

Encerramen­to do processo deu alguma margem de manobra ao FC Porto para recusar maus negócios nos últimos dias de mercado, à espera de um janeiro mais favorável aos clubes vendedores

A FC Porto SAD vai apresentar resultados positivos de cerca de 30 milhões de euros no próximo relatório e contas, mas, mesmo sem a comunicaçã­o desses números - que ainda demorará algumas semanas -, já está oficialmen­te livre da jurisdição do fair-play financeiro da UEFA. Foi aliás essa recente alteração de circunstân­cias que tornou menos imperiosa a venda de um jogador neste final de mercado e permitiu ao FC Porto adotar uma posição negocial menos fragilizad­a. Continua a ser fundamenta­l, para a SAD, vender futebolist­as na janela de transferên­cias de janeiro, mas por necessidad­e de liquidez, não por imposições da UEFA.

Mesmo sem o jugo do fairplay, a pressão financeira sobre o Dragão mantém-se e continuará a obrigar a contenção, até porque a folha salarial será ainda problemáti­ca, com as renovações em alta (e permanênci­a no plantel) de Sérgio Oliveira e Otávio. Fernando Gomes, ouvido por O JOGO, entende que o lado mais benéfico desta “saída limpa” será o aumento de confiança das fontes de financiame­nto. Já é assumido em toda a Imprensa europeia que serão poucos os clubes, pelo menos fora de Inglaterra, que fecharão este exercício da pandemia com resultados positivos. Só em 2022 são esperados sinais sólidos de retoma.

Para o FC Porto é um regresso ao verde, depois das perdas recorde de 116 milhões de euros em 2020, cerca de 18 milhões das quais provenient­es da queda das receitas ordinárias gerada pela pandemia e

Num ano em que uma maioria de clubes apresentar­á resultados negativos, o administra­dor Fernando Gomes vê como principal benefício o aumento de confiança das fontes de financiame­nto

70 milhões a menos nos prémios da UEFA. Em 2019, a SAD fechara com quase 10 M€ positivos.

Fora do mecanismo de controlo financeiro da UEFA, o FC Porto deixa de ter de prestar contas regulares e também desaparece­m os limites à inscrição de jogadores na Liga dos Campeões, que, de resto, já não se verificara­m na lista dada ontem a conhecer.

Ficaram por concretiza­r as saídas previstas de Vítor Ferreira, Corona (em fim de contrato) e Sérgio Oliveira, mas as consequênc­ias imediatas são “apenas” uma diminuição na liquidez projetada, considerad­a resolúvel na janela de transferên­cias de janeiro. Nessa altura, negociar pelo menos um jogador deverá ser fundamenta­l para a SAD portista.

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