O Jogo

Oposição quer frente comum Gil Dias: de titular a excluído na Champions

Oposição equaciona eventual avanço de candidatur­a com um líder capaz de combater Rui Costa em outubro

- PEDRO MIGUEL AZEVEDO

Movimentos estudam candidatur­a única contra Rui Costa

João Noronha Lopes é visto como forte concorrent­e, mas ainda está a decidir se tem ou não condições para avançar. Movimentos “Benfica Bem Maior” e Servir o Benfica” pesam nomes nas suas fileiras

As eleições no Benfica, agendadas para 9 de outubro, daquiapouc­omaisdeumm­ês, já estão a mexer. Na próxima semana, Rui Costa deverá oficializa­r a sua lista, mas também é de esperar o aparecimen­to de pelo menos um candidato que force o contrapont­o ao atual líder encarnado. Ao que O JOGO apurou junto de várias fontes, está a ser pesada a possibilid­ade de ainda avançar um nome para combater Rui Costa nas urnas, obrigando ao debate de ideias antes do escrutínio dos sócios das águias. Ainda em fase de análise, há quem procure a entrada na corrida de uma figura capaz de aglutinar uma frente comum de oposição ao antigo “maestro”, sendo visto João Noronha Lopes, candidato derrotado por Luís Filipe Vieira nas últimas eleições, como o nome ideal.

Após a renúncia em bloco dos órgãos sociais do Benfica, ficou também agendado um ato eleitoral para dia 9 de outubro, com Rui Costa a dever apresentar-se a votos com uma lista própria, restando saber se com os membros que agora renunciara­m e foram eleitos com Vieira se com caras novas que distanciem o candidato do seu antecessor. Ainda não é oficial o avanço de Rui Costa para estas eleições, mas esse anúncio é esperado na próxima semana. Por essa altura, grupos como o movimento “Servir o Benfica” e o “Benfica Bem Maior” também vão tomar uma posição. Ao que apurámos, estes grupos de sócios apontam a três vias possíveis: criar uma candidatur­a própria, juntarse a alguma com a qual se identifiqu­em ou, finalmente, criar o referido bloco comum. Noronha Lopes, que somou 34,71 por cento dos votos em 2020, sendo batido pelos 62,59% de Luís Filipe Vieira, tem vindo a ser, ao que O JOGO apurou, pressionad­o por vários quadrantes benfiquist­as para dar novo passo em frente. No entanto, e embora o gestor ainda não se tenha afastado com toda a certeza deste ato eleitoral, a verdade é que tudo vai apontando para que, por ora, opte por ficar de fora.

Semana quente em perspetiva

O início da próxima semana será quente quanto a decisões sobre quem vai, ou não, submeter-se à justiça dos associados encarnados. Nesse sentido, estão previstas reuniões nos movimentos de oposição que traçarão a estratégia dos mesmos. No caso do “Benfica Bem

Maior”, criado precisamen­te antes das últimas eleições e onde a figura de proa é o antigo vice-presidente João Braz Frade, é esperada a apresentaç­ão de um nome. O próprio já garantiu haver um escolhido, não confirmand­o se é o seu, o de Manuel Brito, filho do expresiden­te Jorge de Brito ou outro.

Do lado do “Servir o Benfica”, também se espera que a próxima semana seja decisiva, sendo Francisco Benítez a figura que mais possibilid­ades tem de avançar. Para já, são tempos de análise ao contexto, um contexto onde Rui Costa surge na crista da onda, mesmo ainda sendo visto como a cara de uma eventual continuida­de da gestão de Vieira. O sucesso desportivo do Benfica até ao momento na Liga (só vitórias), o apuramento para a fase de grupos da Champions e uma abordagem ao mercado que permitiu um encaixe de 60 M€, assim como a permanênci­a dos jogadores mais importante­s do plantel, são argumentos que o presidente interino tem para apresentar. Argumentos esses que, na perspetiva dos seus opositores, também apenas os faz pensar no avanço de uma candidatur­a se esta for forte e preferenci­almente comum, sem dispersão de votos.

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