Oposição quer frente comum Gil Dias: de titular a excluído na Champions
Oposição equaciona eventual avanço de candidatura com um líder capaz de combater Rui Costa em outubro
Movimentos estudam candidatura única contra Rui Costa
João Noronha Lopes é visto como forte concorrente, mas ainda está a decidir se tem ou não condições para avançar. Movimentos “Benfica Bem Maior” e Servir o Benfica” pesam nomes nas suas fileiras
As eleições no Benfica, agendadas para 9 de outubro, daquiapoucomaisdeummês, já estão a mexer. Na próxima semana, Rui Costa deverá oficializar a sua lista, mas também é de esperar o aparecimento de pelo menos um candidato que force o contraponto ao atual líder encarnado. Ao que O JOGO apurou junto de várias fontes, está a ser pesada a possibilidade de ainda avançar um nome para combater Rui Costa nas urnas, obrigando ao debate de ideias antes do escrutínio dos sócios das águias. Ainda em fase de análise, há quem procure a entrada na corrida de uma figura capaz de aglutinar uma frente comum de oposição ao antigo “maestro”, sendo visto João Noronha Lopes, candidato derrotado por Luís Filipe Vieira nas últimas eleições, como o nome ideal.
Após a renúncia em bloco dos órgãos sociais do Benfica, ficou também agendado um ato eleitoral para dia 9 de outubro, com Rui Costa a dever apresentar-se a votos com uma lista própria, restando saber se com os membros que agora renunciaram e foram eleitos com Vieira se com caras novas que distanciem o candidato do seu antecessor. Ainda não é oficial o avanço de Rui Costa para estas eleições, mas esse anúncio é esperado na próxima semana. Por essa altura, grupos como o movimento “Servir o Benfica” e o “Benfica Bem Maior” também vão tomar uma posição. Ao que apurámos, estes grupos de sócios apontam a três vias possíveis: criar uma candidatura própria, juntarse a alguma com a qual se identifiquem ou, finalmente, criar o referido bloco comum. Noronha Lopes, que somou 34,71 por cento dos votos em 2020, sendo batido pelos 62,59% de Luís Filipe Vieira, tem vindo a ser, ao que O JOGO apurou, pressionado por vários quadrantes benfiquistas para dar novo passo em frente. No entanto, e embora o gestor ainda não se tenha afastado com toda a certeza deste ato eleitoral, a verdade é que tudo vai apontando para que, por ora, opte por ficar de fora.
Semana quente em perspetiva
O início da próxima semana será quente quanto a decisões sobre quem vai, ou não, submeter-se à justiça dos associados encarnados. Nesse sentido, estão previstas reuniões nos movimentos de oposição que traçarão a estratégia dos mesmos. No caso do “Benfica Bem
Maior”, criado precisamente antes das últimas eleições e onde a figura de proa é o antigo vice-presidente João Braz Frade, é esperada a apresentação de um nome. O próprio já garantiu haver um escolhido, não confirmando se é o seu, o de Manuel Brito, filho do expresidente Jorge de Brito ou outro.
Do lado do “Servir o Benfica”, também se espera que a próxima semana seja decisiva, sendo Francisco Benítez a figura que mais possibilidades tem de avançar. Para já, são tempos de análise ao contexto, um contexto onde Rui Costa surge na crista da onda, mesmo ainda sendo visto como a cara de uma eventual continuidade da gestão de Vieira. O sucesso desportivo do Benfica até ao momento na Liga (só vitórias), o apuramento para a fase de grupos da Champions e uma abordagem ao mercado que permitiu um encaixe de 60 M€, assim como a permanência dos jogadores mais importantes do plantel, são argumentos que o presidente interino tem para apresentar. Argumentos esses que, na perspetiva dos seus opositores, também apenas os faz pensar no avanço de uma candidatura se esta for forte e preferencialmente comum, sem dispersão de votos.