SUBMARINO ABALROADO COM LEITE E CHIQUINHO
Reforços estrearam-se num amigável cheio de boas impressões
Por largos períodos, o Braga passeou-se de forma espantosa no Estádio de La Cerámica, esteve perto de acelerar para uma vitória expressiva e até parecia ser a equipa que havia vencido a Liga Europa e que agora está envolvida na Liga dos Campeões. Na realidade, o Villarreal é que ostenta tais pergaminhos, entre outros, mas o “submarino amarelo” nunca foi dono e senhor do jogo particular e não teve argumentos para dar a volta a um Braga aguerrido, que, mesmo em inferioridade numérica a partir dos 32 minutos, por expulsão de Fabiano (precipitado numa entrada faltosa), não desesperou com a “fúria espanhola” da segunda parte, nem perdeu de vista a baliza, como se percebeu aos 73 minutos, com Mario González (de volta à ex-casa) a cruzar da esquerda para Iuri Medeiros desviar na área, sentenciando a vitória do Braga.
Semelhante estocada foi o prémio para a paciência e capacidade de sofrimento da equipa comandada por Carlos Carvalhal num jogo que se transformou num carrossel, a alta velocidade, de momentos altos e baixos e durante o qual o treinador não se limitou Leite e Chiquinho, os últimos reforços deste verão.
Foi antes claramente mais longe no objetiv ode dar minutos aos menos utilizados, entre os quais o avançado Vítor Oliveira, autor do primeiro golo, numa altura em que o Villarreal ainda abotoava a camisa para uma festa inesquecível... pela negativa. O Braga entrou no jogo a carregar a fundo no acelerador e Galeno ainda fez o segundo antes do intervalo, pelo que a equipa espanhola passou por um mau bocado até chegar à igualdade, graças aos golos de Moi Gómez (aproveitou um desentendimento entre Paulo Oliveira e Tiago Sá) e Dani Raba. A emenda certeira de Medeiros desfez, porém, as esperanças dos visitados e só nas bolas aos ferros é que se verificou uma igualdade: viramse duas para cada lado.