Quarta etapa foi para Contte
Joaquim Silva lidera, mas a geral mexeu
Desfecho ao sprint em Vila Real deixou tudo na mesma na geral, liderada por Joaquim Silva (TavferMortágua); e aumentou a emoção para a etapa de hoje, com partida e meta instaladas em Valongo
Apesar de ter tido bastantes incidências, a quarta etapa do Grande Prémio JN, com quase 150 quilómetros percorridos com início e fim em Vila Real não resultou em mexidas na classificação geral. Joaquim Silva (Tavfer-Mortágua) vai hoje para o quinto dia de amarelo, enquanto o argentino Tomas Contte triunfou ao sprint, somando o terceiro sucesso da temporada, depois de ter devolvido o Louletano
às vitórias quatro anos depois com o GP Abimota e arrebatado uma etapa do Grande Prémio Douro Internacional.
Discutida a alta velocidade – a média final de 42,468 km/h assim o demonstra –, a tirada do regresso do “JN” a Trás-osMontes começou com Luís Mendonça (Efapel) a lucrar no sprint especial em Vila Pouca de Aguiar (bonificação de cinco segundos), passando José Neves (W52-FC Porto) em primeiro na Pradela (prémio de montanha de 3.ª categoria), aos 37,5 quilómetros.
Mais tarde, Henrique Casimiro chegou a ser líder virtual e por algum tempo. Depois de uma cronoescalada em Santo Tirso que não lhe correra de feição, o ciclista da Kelly-Oliveirense
andou na fuga dos 12 ciclistas, que teve 2m40s de vantagem máxima para o pelotão, mas foi desfeita depois da passagem pela rampa de Murça.
A Tavfer-Mortágua teve de se superar para segurar a liderança de Silva, a partir de dada altura beneficiando da ajuda da W52-FC Porto, que passou para a dianteira da corrida. “Foi uma etapa dura e rápida. Ficámoslogomuitoreduzidos depois do excelente trabalho da equipa para anular uma fuga bastante perigosa. Quando entrámos na montanha, esses meus colegas descolaram. Ficámos reduzidos a três elementos de trabalho e eu. Tivemos de fazer uma gestão de esforço. Agradeço-lhes do fundo do coração”, disse Silva, que comanda com 25 segundossobreRicardoVilela(W52FC Porto) e Alejandro Marque (Atum General Tavira).
Depois da subida do Pópulo, o percurso até à meta foi feito a descer, abrindo caminho a um desfecho ao sprint, propício a César Martingil e Contte. O corredor da Atum General Tavira teve a vitória quase certa, mas prosseguiu o jejum mesmo quando é favorito, ao ser batido pelo rival do Louletano em cima da linha da meta. “Foi por um bocadinho, mas deu”, suspirou Contte, explicando que esta vitória “não estava pensada”. “Foi uma surpresa. Só temos um objetivo, o da amarela com o Carlos Oyarzún [quinto da geral], mas surgiu a possibilidade. Estava bem nos últimos
“A cada dia que passa, a esperança aumenta. Temos de ser coesos”
Joaquim Silva
Tavfer-Measindot-Mortágua “Só temos um objetivo, mas surgiu a possibilidade. Estou contente”
Tomas Contte
Louletano Loulé Concelho
quilómetros e o meu companheiro acreditou em mim”, completou, traçando já planos para o futuro depois da época de estreia no ciclismo europeu. “Quero ficar aqui mais um ano para ganhar experiência”, estabeleceu.
Já para Silva, “a cada dia que passa, a esperança começa a aumentar”, esperando, hoje, por “um dia bastante duro, principalmente até meio da etapa”, em referência à contagem de segunda categoria na Penha, aos 66 quilómetros. “Vai ser um dia de tudo ou nada de muitas equipas. Vamos sofrer ataques de muitas frentes. Temos de estar coesos como hoje [ontem]”, alertou sobre a etapa que começa e acaba em Valongo num total de 132,2 quilómetros.