O Jogo

Contratos não colocam protagonis­mo em xeque

Na hora de escolher quem vai a jogo, Sérgio Conceição não tem por hábito olhar à situação contratual dos jogadores. Casos semelhante­s do passado dão força a Mbemba e Corona

- FRANCISCO SEBE

Em quatro anos ao leme do FC Porto, o treinador nunca abdicou de jogadores só por estarem em final de contrato. Herrera e Marcano (antes de saírem a custo zero) até fizeram as melhores épocas no clube

Fechada a janela de transferên­cias, Mbemba, Corona, Diogo Costa e Fábio Vieira são os quatro nomes do FCPorto com ligação a expirar em 2022. Se, no caso dos dois últimos, como O JOGO avançou, a renovação tratar-se-á de uma questão de simples resolução, as situações do defesa e do extremo inspiram outro tipo de abordagem, na tentativa de que não saiam a custo zero. Contudo, o histórico de Sérgio Conceição em cenários semelhante­s permite antever que ambos mantenham papéis relevantes na equipa.

“Não olho para o contra todos jogadores, para a situação deles ou aperspetiv­a de futuro. Olho para os que estão à minha disposição”, disse Conceição em março deste ano e os números dão-lhe razão. O JOGO reuniu os dados de jogadores [ver infografia] que, desde a chegada de Conceição, deixaram o FC Porto com o passe na mão. Um desses exemplos até integra o atual plantel: no último ano do vínculo anterior, Marcano foi peça fulcral na conquista do título e, logo depois, foi para a Roma. Mas há outros casos que ilustram a tendência. O destaqueva­i para 2018/19, épocaem que nomes fortes como Herrera ou Brahimi saíram sem dar retorno financeiro à SAD. O mexicano somou mais minutos do que em qualquer outra das seis épocas que fez de azul e branco, igualando o melhor registo goleador, enquanto o argelino realizou 49 partidas e apontou 13 golos. Até peças menos influentes do puzzle de então, como Hernâni ou Adrián López, alcançaram as melhores marcas no clube antes da despedida. O caso mais recente foi o de Marega. Manteve o estatuto de imprescind­ível e ultrapasso­u a barreira dos 40 jogos no derradeiro ano de contrato, tendo apenas saído das opções após anunciar a id apara oAl-Hilal, antes do término da última temporada.

De volta ao presente, Mbemba parece estar de pedra e cal no onze portista. Corona, por sua vez, terá de correr para recuperar o lugar, uma vez que Sérgio reprovou a atitude de Tecatito frente ao Marítimo, único jogo em que foi lançado. A bola está nos pés do treinador, mas, se a história nos diz algo, é que os dois jogadores poderão ser tão protagonis­tas como foram nas épocas anteriores.

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Mbemba e Corona são dois dos quatro jogadores que estão em final de contrato com o FC Porto

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