O Jogo

FIFA investiga abusos racistas

Organismo abriu inquérito aos insultos dirigidos a Sterling e Bellingham no Hungria-Inglaterra

- DUARTE TORNESI

A FIFA anunciou ontem a abertura de um inquérito aos insultos racistas dirigidos pelos adeptos magiares a Sterling e Bellingham durante o Hungria-Inglaterra, disputado em Budapeste. Os dois jogadores ingleses foram alvos de gritos de macaco e atingidos por objetos arremessad­os da bancada durante os festejos do primeiro dos quatro golos da equipa dirigida por Gareth Southgate.

Reincident­e neste tipo de incidente, a Hungria já tinha sido castigada pela UEFA com três jogos à porta fechada por abusos racistas e homofóbico­s durante os duelos do Europeu’2020 frente a Portugal e França, mas a FIFA não ratificou a punição e esta só será colocada em prática nos jogos da próxima Liga das Nações. A ausência de cooperação entre os dois organismos motivou críticas por parte de várias organizaçõ­es internacio­nais, que criticaram o “desinteres­se” no combate ao racismo ao mais alto nível.

Juntando-se à onda de indignação, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson recorreu ao Twitter para pressionar a FIFA a castigar a federação húngara. “Peço à FIFA um castigo pesado para assegurar que estes comportame­ntos vergonhoso­s sejam erradicado­s de vez”, escreveu.

Ainda ontem, Sterling e Bellingham reagiram aos incidentes de Budapeste nas redes sociais. O extremo do City escreveu “cabeça erguida” na legenda de uma foto onde enfrenta a ira dos adeptos, enquanto o médio do Dortmund pediu ação dos “homens com poder”: “Isto só vai parar com puniçõesfo­rtes.Nãopodemos deixar o ódio ganhar.”

Sterling sentiu a ira dos adeptos nos festejos do 1-0

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