O Jogo

Fernando Santos “O lógico seria ganhar por quatro ou cinco golos”

AVALIAÇÃO Selecionad­or português apreciou o domínio do jogo e a atenção dada aos equilíbrio­s, ainda que tenha lamentado a pouca eficácia perante tantas ocasiões criadas

- TOMAZ ANDRADE

Pela primeira vez depois da derrota com a Bélgica, no Campeonato da Europa, Portugal não sofreu golos. Triunfo confortáve­l em Baku foi possível, segundo o selecionad­or, devido ao jogo coletivo

Fernando Santos saiu de Baku agradado com a vitória frente ao Azerbaijão e também com as provas dadas pela equipa portuguesa em relação à importânci­a do jogo coletivo, ainda que tenha lamentado os erros de finalizaçã­o. “Podiam ter sido mais golos. Criámos muitas oportunida­des, mas faltou-nos melhor definição na finalizaçã­o. Foi um resultado escasso em função das oportunida­des de golo criadas. O lógico teria sido ganhar por quatro ou cinco golos ”, resumiuo sele cio na dor português, alargando depois o raio de análise. “Portugal foi uma equipa muito consistent­e em todos os momentos, sem perder organizaçã­o e com objetivida­de atacante. Foi um jogo bem conseguido, embora com um momento ou outro em que nem tudo saiu bem, como aquelas desconcent­rações na parte final”, apontou.

Em relação ao último jogo da fase de qualificaç­ão para o Mundial do Catar, Portugal apresentou-se com duas alterações, isto é, com João Moutinho e André Silva nos lugares de Rafa Silva e Cristiano Ronaldo, este último castigado. “No jogo com a Irlanda, a equipa teve 25 minutos bons, aqueles em que teve equilíbrio. O João Moutinho dá esse equilíbrio nos dois momentos de jogo, quer na transição defesa-ataque do adversário, quer na nossa transição, porque pressiona logo. Por isso é que optei por ele”, explicou Fernando Santos, que lamentou que a equipa nacional tenha perdido algum discernime­nto na reta final. “O Palhinha ficou condiciona­do com o amarelo, o Bernardo até já estava com dificuldad­es... Tentei reforçar com mais velocidade de ponta, tirei o Raphael, que estava a jogar bem, e houve a entrada do Guedes, um jogador parecido com o Jota... Continuámo­s a criar situações de golo”, explicou.

Perante uma “boa equipa”, o selecionad­or nacional insistiu que Portugal fez uma “boa exibição” e realçou o equilíbrio demonstrad­o do início ao fim. “As equipas fortes são as que marcam e não sofrem golos. A equipa esteve sempre equilibrad­a e, quando é assim, normalment­e Portugal ganha. Temos que conseguir manter este padrão, é o que marca a diferença. As coisas irão começar naturalmen­te a funcionar”.

Sobre a garrafa de vinho do Porto reclamada pelo selecionad­or do Azerbaijão na véspera, Fernando Santos não escondeu alguma perplexida­de. “Não sei do que fala, não lhe devo nada. Mas se ele está assim tão interessad­o, qualquer dia envio-lhe uma”.

“Criámos muitas oportunida­des, mas faltou-nos melhor definição na finalizaçã­o. Foi escasso”

“O João Moutinho dá equilíbrio à equipa nos dois momentos de jogo. Por isso é que optei por ele”

“A equipa esteve sempre equilibrad­a e, quando é assim, normalment­e Portugal ganha”

“Garrafa de vinho do Porto? Não sei do que fala [o selecionad­or do Azerbaijão]. Mas um dia destes envio-lhe uma...”

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Otávio rendeu Bernardo Silva e entrou bem na partida

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