O Jogo

Um ponto que salvou a honra

Em Dublin, a seleção da casa conseguiu perto do fim um empate que impediu a eliminação matemática

- RODRIGO CORTEZ

REP. IRLANDA

1 SÉRVIA 1

Estádio Aviva, em Dublin Árbitro: José María Sánchez (Espanha)

REP. IRLANDA Bazunu; Omobamidel­e, Duffy e Egan; Doherty, McGrath (Horgan 66’), Cullen (Molumby 66’), Hendrick (Hourihane 78’) e McClean; Browne (Robinson 58’); Idah (Colllins 78’)

Treinador: Stephen Kenny SÉRVIA Rajkovic; Milenkovic, Veljkovic e Pavlovic; Djuricic (Radonjic 70’), Tadic (Maksimovic 70’), Gudelj, Milinkovic-Savic e Kostic (Lazovic 87’); Vlahovic (Jovic 70’) e Aleksandar Mitrovic

Treinador: Dragan Stojkovic Golos: Milinkovic-Savic (20’) e Milenkovic (87’ p.b.)

Cartões amarelos: Djuricic (25’), Idah (31’), Browne (50’), Radonjic (85’) e Molumby (89’)

Vermelhos: nada a assinalar

Ao ceder um empate caseiro (1-1) diante da Sérvia, a Rep. Irlanda ficou ontem praticamen­te afastada da fase final do Mundial de 2022. Esta equipa ainda pode apurar-se para o play-off, mas terá que vencer os três jogos que lhe faltam, esperar que os sérvios percam sempre até final e, ainda, ultrapassá-los na diferença de golos. Tarefa que, não sendo impossível, é impensável.

O resultado é demasiado penalizado­r para a Sérvia, tendo em conta as inúmeras ocasiões construída­s. Aleksandar Mitrovic bem se esforçou para elevar a contabilid­ade pessoal na equipa (43 golos em 66 jogos), mas pela frente teve um Bazunu quase intranspon­ível, a comprovar a qualidade que já tinha evidenciad­o frente a Portugal. Se o guardião do Manchester City (emprestado ao Portsmouth) tinha defendido um penálti a Ronaldo, ontem travou duas mãos cheias de remates, os mais perigosos dos quais ao já citado avançado do Fulham.

O primeiro golo até surgiu relativame­nte cedo (20’) quando, a um canto de Tadic, Milinkovic-Savic respondeu de cabeça ao primeiro poste. Bazunu ainda tocou na bola, mas não evitou o tento. O festival de golos falhados começou na reta final da primeira metade, quando Mitrovic obrigou o guarda-redes a desviar para canto um remate fortíssimo à entrada da área. Bazunu repetiu a dose a novo tiro de Mitrovic (57’) e, até final, foram pelo menos mais três ocasiões claras, duas a remates do camisa nove sérvio e outra numa tentativa de Kostic.

Aos 86’, porém, a bola foi despejada para a área sérvia e, quando o lance parecia controlado, Milinkovic-Sabvic tentou aliviar para longe, mas o remate forte fez ricochete na cabeça de Milenkovic e dirigiu-se para a própria baliza. Houve festa rija irlandesa, mas apenas por uma questão de honra. Só mesmo matematica­mente esta seleção ainda tem hipóteses de chegar ao Catar. “A atitude dos rapazes foi brilhante. Nos últimos seis jogos só perdemos contra Portugal e foi nos descontos”, comentou o selecionad­or irlandês Stephen Kenny.

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Matt Doherty salta mais alto do que Kostic e ganha o duelo nas alturas

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