O Jogo

SAD apresenta prejuízo de 17,4 M€ em 2020/21

CONTAS SAD passou de um lucro de 41,7 milhões em 2019/20 para um prejuízo de 17,4 milhões no último exercício

- MARCO GONÇALVES VÍTOR RODRIGUES

Rui Costa relativiza resultados com a previsão de uma época “de acordo com os pergaminho­s do clube”

Sociedade benfiquist­a vê terminar ciclo de sete exercícios seguidos com resultados positivos. Rui Costa, novo presidente, fala em “resiliênci­a” e “ambição”, apontando ao êxito total em Portugal

A Benfica, SAD apresentou um prejuízo de 17,4 milhões de euros em 2020/21, o que representa uma queda nos resultados de 59,1 M€, face ao lucro de 41,7 milhões registado no ano anterior. Justifican­do estes números face “aos impactos da covid-19, para além da não participaç­ão na Liga dos Campeões e do forte investimen­to realizado no plantel de futebol”, a SAD benfiquist­a terminou uma sequência de sete exercícios consecutiv­os com lucro – não fechava no vermelho desde 2012/13, quando apresentou resultados líquidos negativos de 9,7 milhões de euros.

Observando quedas nos diversos capítulos dos rendimento­s, a sociedade encarnada teve uma diminuição de 90,5 milhões (30,7 por cento) nos rendimento­s totais, pois baixou dos 294,4 M€ para os 203,9.

A SAD benfiquist­a enfrentou uma redução das receitas, nomeadamen­te a nível de “matchday”, pelo encerramen­to dos estádios, e também de Media TV, face à ausência da Champions, e terminou o exercício anterior com um aumento consideráv­el do passivo em relação à subida do ativo. Enquanto o primeiro disparou 16,5 por cento (para os 379,6 M€) , o segundo aumentou 7,4%, para os 523,3 milhões, levando agora à existência de capitais próprios no valor de 143,6 milhões de euros.

O elevado investimen­to no

Os gastos com o pessoal, fruto do elevado investimen­to e de altos salários, cifram-se nos 97,1 M€. Cotação do plantel sobe também, para os 146,1 milhões (mais 42,1 %) plantel, que não se refletiu na conquista de títulos fez também disparar os gastos com o pessoal, que se aproximara­m dos 100 milhões, cifrando-se nos 97,1, contra os 85,7 em 2019/20. Essa aposta levou, por outro lado, também a uma subida da cotação do plantel, agora avaliado em mais 42 por cento: passou de 102,9 milhões para 146,1.

Oficializa­ndo a extensão do vínculo com a Emirates até 2024 e a compra de Lucas Veríssimo por 6,5 milhões de euros, a SAD revelou ainda detalhes sobre as vendas de Nuno Tavares (saiu por 8 M€) e Cervi (vendido por 4,5, mas com o Benfica a assegurar ainda 1,5 milhões por objetivos e 20% de um maisvalia futura). Transferid­os em 2019/20, De Tomás e Rúben Dias valeram ainda mais dois e 3,6 milhões, respetivam­ente, face a desempenho­s cumpridos.

Apesar dos resultados negativos, Rui Costa, novo presidente da SAD, frisa, em mensagem aos acionistas, que estes “expressam uma forte resiliênci­a em tempos particular­mente adversos”. Apontando a “confiança, credibilid­ade e solidez” como “pilares” da sociedade benfiquist­a, o dirigente realça que a SAD “soube enfrentar este contexto adverso com a frieza, a argúcia e o profission­alismo que a grandeza do clube exige”. Destacando o “passivo controlado”, Rui Costa expressa a “ambição de vencer todas as competiçõe­s em que o Benfica está envolvido no âmbito nacional” e de “rivalizar com os grandes clubes europeus no plano internacio­nal”. Pedindo o apoio dos adeptos, garante: “Estão lançadas as fundações para uma época desportiva de acordo com os pergaminho­s do Benfica.”

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