Varandas aponta à recandidatura
O presidente leonino completou ontem três anos à frente do clube e depois de um início turbulento, alcançou a unanimidade
Venceu as eleições a 8 de setembro de 2018 com o intuito de mudar a postura do clube e pacificá-lo internamente, além de obter sucesso desportivo. Fez do Sporting campeão de novo e reúne consenso
Frederico Varandas completou ontem três anos como presidente do Sporting e, a um de terminar o seu mandato, a unanimidade que entretanto conseguiu granjear e a união que se verifica no universo leonino são fatores fundamentais e decisivos para avançar para uma recandidatura. A decisão final ainda não está tomada, mas o atual presidente está inclinado a continuar e apoios não lhe faltam, com o êxito desportivo como alavanca e principal arma para atacar com confiança um novo ato eleitoral.
Vencedor por 42,32% nas últimas eleições, as mais concorridas da história do clube, Varandas passou por momentos complicados que colocaram em risco o mandato, com muita contestação, mas atualmente reina a confiança e a acalmia, fruto do sucesso desportivo no futebol, nomeadamente graças ao regresso aos títulos.
O atual líder enfrentou guerras com claques, com expresidentes, atravessou momentos duros e falhou nos pontos mais visíveis para os adeptos, no futebol. Após dois anos com frustrações, danças de treinadores e inúmeros reforços dos quais já não resta ninguém, o ponto de viragem foi há precisamente um ano, quando fez a aposta de risco em Rúben Amorim, que custou dez milhões de euros. Com o atual técnico, levou a cabo uma limpeza na equipa principal, deu força à aposta na formação, e os resultados foram entusiasmantes – após o falhanço europeu inicial – e tiveram o condão de unir o universo leonino, até então ávido de intrigas e habituado a automutilação. A estratégia de aposta na formação ajudou a reequilibrar o clube financeiramente, um processo ainda em marcha e que pode mesmo contribuir, também, para a decisão final de recandidatura do atual elenco liderado por Varandas.