// Rui Costa sem a oposição de Noronha
Com 34,71% dos votos nas últimas eleições, deixa via aberta ao líder da Luz por “razões familiares e profissionais”
Referência da oposição, até pelo resultado em 2020, deixa fortes críticas ao atual líder das águias, o qual assegura não terá o seu apoio, e lança reparos pela falta de regras para o ato eleitoral
Agora presidente do Benfica, após a renúncia de Luís Filipe Vieira, eap reparara candidaturaa um mandato de quatro anos, Rui Costa ficou ontem como caminho mais facilitado, pois João Noronha Lopes, que somou 34,71 porcento dos votos nas eleições de 2020 – o maior resultado da oposição na era Luís Filipe Vieira –, decidiu não entrar na corrida para o ato eleitoral de 9 de outubro. Referência da oposição faceàcandid atura lançada no último ano e ao resultado somado, Noronha Lopes admite que pensou “seriamente” em recandidatar-se, mas abdica deiràlutad estafei ta devi doa“fortes razões familiares e profissionais ”.
“Denunciei os vícios do Vieirismo e os riscos que o nosso clube corria. A história deu-me razão. Disse que não seria candidato, era o que pensava, sem calculismos. Porém, face às circunstâncias gravíssimas que rodearam a saída de Vieira, ponderei seriamente nas últimas semanas candidatar-me”, assumiu ontem, em conferência de Imprensa, explicando que esta “foi uma das decisões mais difíceis” da sua vida. Admitindoque haverá sócios“desiludidos ”, frisou :“Não há presidentes nem candidatos insubstituíveis .” E prometeu não mudar a posição.
Apesar de não concorrer, Noronha Lopes assegura que Rui Costa não tem o seu aval. “Tenho grande admiração [por ele] enquanto jogador. Mas, como dirigente, não vou apoiá-lo. Quando tivemos uma OPA ilegal não vi uma palavra de Rui Costa, quando tivemos a demissão do presidente da Assembleia Geral, há pouco tempo, não ouvi uma palavra de Rui Costa. Estava completamente ausente de momentos graves da história do Benfica”, atirou, referindo ser “estranho que durante todo este tempo não se tenha
“Não vou apoiar Rui Costa. Estava completamente ausente de momentos graves da história do Benfica. Quem fez parte do passado recente do Benfica não tem condições para construir o seu futuro” Noronha Lopes Candidato nas eleições de 2020
a preocupação de definir as regras de como vai decorrer a eleição e se enfie uma assembleia geral extraordinária a três semanas do ato eleitoral”. “O problema não é as eleições serem cedo demais, o problema é serem feitasà pressa e sem que se conheçam as regras em que vão decorrer. Estes sinais não sugerem uma mudança relativamente às práticas do passado”, atirou, lançando: “Reforça a minha convicção de que quem fez parte do passado recente do Benfica não tem condições para construir o seu futuro. Há uma responsabilidade de quem deveria ter visto, perguntado, averiguado ou, no mínimo, de quem deveria no final ter saído.”
Defendendo a aprovação prévia de “um regulamento eleitoral onde ficasse claro em que condições se faria o voto físico, como se fariam os debates na BTV e o acesso igualitário aos cadernos eleitorais para todas as listas”, o gestor declarou que “há muita gente que não está de acordo com o atual estado de coisas” e espera “que as pessoas assumam essa discordância de uma maneira ou outra, com uma candidatura ou com uma atitude cívica”.