O gigante deu mais um passo
Novak Djokovic está nas meias finais do US Open e a apenas duas vitórias de um histórico Grand Slam de calendário
Completaram-se ontem 52 anos desde o triunfo de Rod Laver em Nova Iorque e a conquista dos quatro majors no mesmo ano (1969). Djokovic está cada vez mais perto de suceder ao australiano
Vencedor de 15 das últimas 16 meias-finais que disputou em torneios do Grand Slam, Novak Djokovic tem a estatística e a teoria a favor para superar essa ronda no US Open, colocar-se a um passo de voltar a fazer história e ter pela frente “apenas” mais uma final, cujo êxito o tornará efetivamente no GOAT (Maior de Todos os Tempos). É que para além da possibilidade de fazer o chamado Grand Slam de calendário – vencer os quatro majors no mesmo ano –, o número um mundial chegará aos 21 títulos, desfazendo a parceria com Roger Federer e Rafael Nadal.
Para já, o sérvio tem, na próxima madrugada portuguesa, de enfrentar Alexander Zverev (4.º), adversário que o impediu de atingir a final do torneio olímpico de Tóquio e que, aos 24 anos, está a atravessar o melhor período da carreira.
Depois de vencer o italiano Matteo Berrettini (8.º), por 5-7, 6-2, 6-2 e 6-3, Djokovic abordou o passado e o futuro da rivalidade com o alemão: “Aquilo que aconteceu nos Jogos Olímpicos foi muito duro emocionalmente. Estava a dominar claramente o
Novak Djokovic encontro, com 6-1, 3-2 e break acima, quando de repente ele elevou o nível e eu desmoronei. O Sascha está num momento de forma incrível”. “Vai ser uma grande batalha à melhor de cinco sets”, acrescentou, surpreendendo logo a seguir: “Adoro jogar à melhor de cinco sets, principalmente contra os jovens. Sinto-me fisicamente tão em forma como qualquer outro e acho que toda a experiência acumulada ajuda muito nos momentos importantes”. Aos 34 anos e com algum “mind game”, atirou: “Quanto mais longo for um encontro, melhor! Não sinto qualquer problema e penso que as minhas opções aumentam”.
Na última madrugada portuguesa jogaram-se as meiasfinais femininas: Aryna Sabalenka (Bie/2.ª)Leylah Annie Fernández (Can/73.ª) e Maria Sakkari (Gre/18.ª)Emma Raducanu (GBR/150.ª).