O Jogo

CLÁSSICO DO DRAMA

LESÕES E DESGASTE DAS SELEÇÕES CONDICIONA­M AMBOS OS TREINADORE­S, QUE PREFERIAM JOGAR NOUTRA DATA

- CARLOS GOUVEIA

Amorim “Viagens prejudicar­am mais o FC Porto”

Conceição: “Temos mais mil e tal minutos e 200 mil quilómetro­s”

Tanto Rúben Amorim como Sérgio Conceição usaram as conferênci­as de Imprensa para criticarem a calendariz­ação dos jogos das seleções nesta paragem

Amorim e Conceição tiveram duas semanas para preparar o primeiro jogo grande da época, mas nenhum o conseguiu fazer sobretudo por causa dos internacio­nais

Dragões cederam 14 jogadores e chegam a Alvalade mais desgastado­s, leões ficaram sem Nuno Mendes e sofreram baixas importante­s por leõses, mas nada disso será desculpa depois da bola rolar

Chegou a hora das emoções. A longa espera terminou e o primeiro clássico da temporada arranca esta noite em Alvalade já com metade das bancadas cheias, mas longe de decidir alguma coisa no campeonato, e com várias interrogaç­ões de ambos os lados provocadas por questões físicas. Será, ainda assim, uma partida importante a nível anímico para ambas as equipas, até porque a Champions está à porta. O Benfica joga umas horas antes nos Açores e se vencer poderá encomendar pizza para assistir ao encontros dos rivais sabendo que ganhará pontos a pelo menos um deles.

A bola vai rolar depois de duas longas semanas repletas de peripécias em que os treinadore­s pouco puderam aproveitar nas respetivas academias. Ao todo, as seleções levaram 18 jogadores, com claro prejuízo para Sérgio Conceição que ficou sem 14 – metade deles titulares no último encontro – e dois deles, Diaz e Uribe nem sequer voltaram a tempo de fazer um treino. Do lado dos leões, houve dispensas por lesões [mais Matheus Nunes, que recusou o Brasil] e dos quatro internacio­nais cedidos só Palhinha deve estar no onze do clássico.

Pelo meio, fechou o mercado de transferên­cias e Rúben Amorim viu partir Nuno Mendes, recebendo Sarabia em troca, mas o espanhol só tem um dia de Alcochete e dificilmen­te entrará nas contas para esta noite. A este respeito, no FC Porto não houve grandes movimentaç­ões e o fecho da janela de verão confirmou a continuida­de de Corona e Sérgio Oliveira, com o médio, previsivel­mente, a saltar para a equipa na vaga do super desgastado Uribe (243 minutos e longas viagens).

Um pouco mais de oito meses desde o último confronto entre leões e dragões, que terminou sem golos no dragão, muito mudou, não tanto na composição dos plantéis, mas sobretudo nas opções dos treinadore­s. Revolução de setembro e empate na formação

Na verdade, é de esperar uma revolução dos dois lados com mais de meia equipa diferente em relação ao jogo de fevereiro. Apesar das duas semanas de interregno, nenhum dos treinadore­s teve tempo para preparar em condições o clássico. No Sporting devem manter a presença no onze Adán, Coates, Feddal, Palhinha e Nuno Santos; no FC Porto os repetentes serão Pepe, Mbemba, Sérgio Oliveira, Otávio e Taremi. E mesmo se o termo de comparação for a última jornada do campeonato, Amorim trocará três elementos e Conceição dois. O que não muda, porém, é a aposta dos técnicos em jogadores da formação. E aqui, ao que tudo indica, haverá um empate em campo. Pelo menos no início. Esgaio, Palhinha, Rúben Vinagre e Jovane Cabral a representa­r a academia de Alcochete com Diogo Costa, João Mário, Sérgio Oliveira e Bruno Costa a defenderem a honra do Olival.

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