CLÁSSICO DO DRAMA
LESÕES E DESGASTE DAS SELEÇÕES CONDICIONAM AMBOS OS TREINADORES, QUE PREFERIAM JOGAR NOUTRA DATA
Amorim “Viagens prejudicaram mais o FC Porto”
Conceição: “Temos mais mil e tal minutos e 200 mil quilómetros”
Tanto Rúben Amorim como Sérgio Conceição usaram as conferências de Imprensa para criticarem a calendarização dos jogos das seleções nesta paragem
Amorim e Conceição tiveram duas semanas para preparar o primeiro jogo grande da época, mas nenhum o conseguiu fazer sobretudo por causa dos internacionais
Dragões cederam 14 jogadores e chegam a Alvalade mais desgastados, leões ficaram sem Nuno Mendes e sofreram baixas importantes por leõses, mas nada disso será desculpa depois da bola rolar
Chegou a hora das emoções. A longa espera terminou e o primeiro clássico da temporada arranca esta noite em Alvalade já com metade das bancadas cheias, mas longe de decidir alguma coisa no campeonato, e com várias interrogações de ambos os lados provocadas por questões físicas. Será, ainda assim, uma partida importante a nível anímico para ambas as equipas, até porque a Champions está à porta. O Benfica joga umas horas antes nos Açores e se vencer poderá encomendar pizza para assistir ao encontros dos rivais sabendo que ganhará pontos a pelo menos um deles.
A bola vai rolar depois de duas longas semanas repletas de peripécias em que os treinadores pouco puderam aproveitar nas respetivas academias. Ao todo, as seleções levaram 18 jogadores, com claro prejuízo para Sérgio Conceição que ficou sem 14 – metade deles titulares no último encontro – e dois deles, Diaz e Uribe nem sequer voltaram a tempo de fazer um treino. Do lado dos leões, houve dispensas por lesões [mais Matheus Nunes, que recusou o Brasil] e dos quatro internacionais cedidos só Palhinha deve estar no onze do clássico.
Pelo meio, fechou o mercado de transferências e Rúben Amorim viu partir Nuno Mendes, recebendo Sarabia em troca, mas o espanhol só tem um dia de Alcochete e dificilmente entrará nas contas para esta noite. A este respeito, no FC Porto não houve grandes movimentações e o fecho da janela de verão confirmou a continuidade de Corona e Sérgio Oliveira, com o médio, previsivelmente, a saltar para a equipa na vaga do super desgastado Uribe (243 minutos e longas viagens).
Um pouco mais de oito meses desde o último confronto entre leões e dragões, que terminou sem golos no dragão, muito mudou, não tanto na composição dos plantéis, mas sobretudo nas opções dos treinadores. Revolução de setembro e empate na formação
Na verdade, é de esperar uma revolução dos dois lados com mais de meia equipa diferente em relação ao jogo de fevereiro. Apesar das duas semanas de interregno, nenhum dos treinadores teve tempo para preparar em condições o clássico. No Sporting devem manter a presença no onze Adán, Coates, Feddal, Palhinha e Nuno Santos; no FC Porto os repetentes serão Pepe, Mbemba, Sérgio Oliveira, Otávio e Taremi. E mesmo se o termo de comparação for a última jornada do campeonato, Amorim trocará três elementos e Conceição dois. O que não muda, porém, é a aposta dos técnicos em jogadores da formação. E aqui, ao que tudo indica, haverá um empate em campo. Pelo menos no início. Esgaio, Palhinha, Rúben Vinagre e Jovane Cabral a representar a academia de Alcochete com Diogo Costa, João Mário, Sérgio Oliveira e Bruno Costa a defenderem a honra do Olival.