O Jogo

SIMÃO ENTREGA FAVORITISM­O, CARVALHAL GRATO AO SCOUTING

BRAGA Carlos Carvalhal falou em aumento de qualidade com as entradas de Yan Couto, Diogo Leite e Chiquinho

- TOMAZ ANDRADE

Treinador bracarense diz ter em mãos um plantel equilibrad­o, ambicioso e com capacidade de progressão para a equipa poder atacar as quatro frentes em que está envolvida

A evolução que o mercado de transferên­cias estava a ter para o Braga, com saídas de jogadores importante­s, tinha levado Carlos Carvalhal a adotar um discurso cauteloso e a falar nos perigos de uma mudança de ciclo, mas o cenário mudou. “Quero dar os parabéns a Paulo Menezes, responsáve­l pelo departamen­to de scouting, porque fez um trabalho espetacula­r, tanto em termo de entradas como de saídas. Yan Couto, Diogo Leite e Chiquinho acrescenta­ram qualidade ao plantel. Tinha dito que aceitaria trabalhar com qualquer plantel e nos últimos dias acabei por ter três prendas. Claro que mais satisfeito fiquei com este ‘upgrade’”, realçou, ontem, o treinador do Braga, que chamou a atenção para o facto de o grupo arsenalist­a ter dez jogadores oriundos da formação (Hornicek, Fabiano, Bruno Rodrigues, Buta, Gorby, Roger, Vitor Oliveira e Moura, mais ainda Rodrigo Gomes e Guilherme Soares).

A conclusão, para Carvalhal, é que o Braga ficou com um “plantel equilibrad­o, com dois jogadores por posição”, embora seja necessário “esperar pelos resultados” para se poder ter uma base de comparação com o grupo de 2020/21. “É um plantel com ambição e determinaç­ão e que tem jogadores com vontade de triunfar no futebol e outros com vontade de se reinventar­em. É um desafio que temos em mãos. Digo também que às vezes não é fácil enquadrar jogadores com grande recorte técnico num plantel, sendo necessário haver um equilíbrio entre a capacidade técnica e a de trabalho. A equipa tem capacidade de progressão e a máquina vai sendo oleada”, explicou o treinador, que falou num conjunto em crescendo. “Na época passada, o Al Musrati teve dificuldad­es no início e agora é o jogador que é. O Lucas Mineiro sentiu essas dificuldad­es e com o Villarreal já mostrou o que vale. O futuro do plantel é risonho.”

Fábio Martins foi outro nome que agitou os últimos dias do mercado, fruto do interesse do Al Shabab, e o treinador também aceitou debruçar-se sobre o que espera dele. “É um processo semelhante ao de Iuri Medeiros. Na época passada, o Iuri tinha grande capacidade técnica, mas a reação à perda de bola era zero. Um jogador que jogue só com bola é um meio jogador. Esse foi o desafio lançado ao Iuri Medeiros e, agora, também ao Fábio Martins.”

“Temos atletas com vontade de triunfar no futebol e outros de se reinventar­em” “Um jogador que só jogue com bola é meio jogador. Foi o desafio feito ao Iuri e agora ao Fábio”

Carlos Carvalhal

Treinador do Braga

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