O Jogo

RAFA LIDEROU A FUGA

Águias aumentam vantagem no primeiro lugar para quatro pontos numa tarde de extremos

- Textos SÉRGIO ANDRÉ

// Jorge Jesus: “Hoje houve dois Benficas”

// Daniel Ramos critica arbitragem

Tribunal unânime: Vlachodimo­s ficou por expulsar e Diogo Gonçalves cometeu penálti

Santa Clara-Benfica 0-5

Jesus manteve a defesa a três, chamando Veríssimo a jogo. Já confortáve­l com o resultado, com bis de Darwin, deu ainda possibilid­ade a Lázaro de somar os primeiros minutos de águia ao peito

No final da primeira parte, o Benfica vencia por 1-0, através de um golo apontado por Rodrigo Pinho. Terá sido esta, porventura, a única desatenção da defesa adversária durante o referido período. Inglório, doloroso, injusto, para quem tanto lutou para encontrar o caminho da baliza. Mas tudo isto situa-se no campo do romantismo. Factos são factos e a verdade é que o Benfica marcou na única oportunida­de que teve e passou para a frente do marcador, ganhando embalagem para uma segunda parte com outra cara. Já lá vamos...

O Santa Clara começou por fazer peito ao “grande”, pressionou em zonas altas – também contou com alguma suavidade adversária nos duelos –, foi agressivo na recuperaçã­o da bola com Anderson Carvalho, Morita e Lincoln (este mais na organizaçã­o ofensiva da equipa), atirou uma bola à barra, após um disparate de Vlachodimo­s, enfim, dominou por completo e enervou o Benfica, que só a espaços respirou e conseguiu ter bola.

O problema é que o ritmo imposto pelos açorianos só deu para 45’... Além disso, os reajustame­ntos promovidos por Jorge Jesus mudaram o jogo e prolongara­m o calvário dos insulares. Tudo começou uma vez mais com a entrada em cena de Rafa para o lugar de Rodrigo Pinho (estreou-se a titular), o tal que marcara o golo que dava vantagem aos encarnados ao intervalo. Uma vez mais, Rafa mudou o jogo, deu-lhe velocidade, maior poder ofensivo, contagiou os companheir­os e ganhou o respeito do adversário. Claramente, promoveu a inquietaçã­o no último reduto do Santa Clara. O Benfica precisava de rapidez e verticalid­ade nas suas ações e foi Rafa a dar-lhe esses argumentos para transforma­r o jogo. Com o 27 em campo, a equipa passou simplesmen­te a jogar. Não se escondeu no mau tempo, no estado do relvado ou nas ausências por causa das seleções.

Jorge Jesus, que nunca tinha ganho nos Açores, mexeu bem na equipa e os encarnados neutraliza­ram por completo o adversário.

Lucas Veríssimo chegou a tempo de se juntar a Vertonghen e Morato na defesa. Diogo Gonçalves voltou à direita e Rodrigo Pinho foi a novidade no ataque. O técnico manteve o 3x4x3, que bons resultados tem dado. O Santa Clara respondeu na mesma moeda, ou seja, em 3x4x3 e enquanto teve pernas esteve por cima. No entanto, na segunda parte, quando tentou permanecer em pressão no meio-campo contrário, a defesa não acompanhou o movimento dos médios e atacantes e o Benfica aproveitou para explorar o espaço nas costas da defesa, com Grimaldo e Everton a terem um papel decisivo no lançamento dos atacantes.

O jogo em profundida­de funcionou em pleno e Darwin cravou o segundo. Foi uma questão de tempo até o castelo ruir por completo. Um míssil de Rafa, o melhor golo do jogo, aumentou os índices de confiança e outra vez Darwin, após uma rotação sobre um adversário, aumentou a vantagem. Yaremchuk, que entretanto entrou para o lugar do uruguaio, fechou a contagem. Confortáve­l no jogo e no resultado, Jorge Jesus passou a a gerir a equipa por causa da partida de terça-feira e deu minutos a Lázaro, que fez a sua estreia de águia ao peito. Não se tratou de um teste a sério porque na altura em que entrou em ação já o Santa Clara desesperav­a pelo fim do jogo, que se tornara num calvário.

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 ??  ?? Darwin explorou a profundida­de e deixou os Açores, onde já tinha marcado em 2019/20, com dois golos
Darwin explorou a profundida­de e deixou os Açores, onde já tinha marcado em 2019/20, com dois golos
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