O Jogo

Sérgio Conceição “Ficámos aquém do que podíamos fazer”

Treinador reconheceu a superiorid­ade do Sporting até ao intervalo e identifico­u os erros cometidos pela sua equipa, mas defendeu que, depois, os dragões foram melhores

- ANDRÉ VELOSO GOMES

O trabalho de Nuno Almeida condiciono­u os jogadores pelo critério disciplina­r no início do jogo segundo Conceição, que deixou, no entanto, elogios ao juiz algarvio e à arbitragem portuguesa

Com a certeza de não ter ficado “contente com este empate, mesmo que seja na casa do atual campeão”, Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, não gostou da primeira parte, ainda que tenha considerad­o que a sua equipa “entrou relativame­nte bem no jogo”. “O Sporting fez o golo num período em que tínhamos algum domínio e passados dois ou três minutos, tivemos a ocasião do Corona. Mas ficámos aquém do que poderíamos fazer. Tivemos algumas perdas no início da construção e em zonas proibidas, alguma má definição no último terço, com a equipa por vezes distante e um bocadinho aquém do que trabalhámo­s”, explicou o técnico portista, sublinhand­o, porém, que o Sporting criou perigo “a partir de erros nossos”. “Podíamos inventar mil e uma desculpas, mas não vou por aí. Deveríamos ter feito mais”, acrescento­u, analisando, depois, uma segunda parte em que o FC Porto “esteve melhor a todos os níveis”. “Sem criarmos muitas situações, na frente fomos sempre uma equipa mais dominadora e fizemos um excelente jogo”, defendeu. Em suma, mesmo que o FC Porto “não tenha jogado tão bem”, o treinador enalteceu que a sua equipa “foi muito competitiv­a” e desvaloriz­ou a distância de quatro pontos para o líder. “Isto é uma maratona. No final, em maio, fazemos as contas”, prometeu.

Num jogo “com muitas picardias e que não foi fácil” de dirigir, a arbitragem teve destaque na análise, sem que fosse posta em causa a qualidade de Nuno Almeida, “um dos melhores árbitros portuguese­s”. “Houve excesso de rigor no início. Tivemos algumas picardias e houve alguma falta de critério na atribuição dos cartões, o que enervou, por vezes, os jogadores”, afirmou o técnico que fez substituiç­ões na primeira parte porque a sua equipa estava “a dar espaços no corredor central” e também, assumiu, “não queria ficar em inferiorid­ade numérica”. “Poderia ter acontecido ou outro segundo amarelo, se calhar, também para jogadores da minha equipa”, sugeriu, antes de comentar a nomeação de juízes estrangeir­os para a I Liga: “Os nossos árbitros não são inferiores a nenhuns outros da Europa, pelo menos nos países em que trabalhei como jogador e treinador”, sublinhou.

“Podíamos inventar mil e uma desculpas, mas não vou por aí. Deveríamos ter feito mais na primeira parte”

“Sem criarmos muitas situações, na frente fomos sempre uma equipa mais dominadora na segunda parte”

“Quatro pontos para o líder? Isto é uma maratona. No final, em maio, fazemos as contas”

“Houve excesso de rigor no início. Tivemos algumas picardias e houve alguma falta de critério nos cartões”

“Os nossos árbitros não são inferiores a nenhuns outros da Europa, pelo menos nos países em que trabalhei”

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Diogo Costa resolve um lance com Jovane por perto

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