O Jogo

Dragão tem início mais promissor

Ao fim de oito rondas, o FC Porto cortou para metade os pontos perdidos e os golos sofridos, em relação a 2020/21

- ANA LUÍSA MAGALHÃES

Ainda estávamos em julho quando Sérgio Conceição deixou o alerta para evitar novo arranque em falso, que considerou ter sido “fatal” para o desfecho do campeonato. Ataque está dentro do normal

O aviso foi feito por Conceição ainda no decorrer da pré-época e parece ter surtido efeito: por comparação à época anterior, o arranque do FC Porto no campeonato revelou-se bem melhor. Em julho, o treinador considerou que as “seis primeiras rondas[ da época passada] foram fatais” para os azuis e brancos, que terminaram­no segundo posto. Contas feitas, na antecâmara da nona jornada da Liga Bwin, a equipa deixou pelo caminho quatro pontos, metade dos que perdera em igual período da última edição. Graças a duas derrotas, ambas por 2-3, com Marítimo (casa) e Paços de Ferreira (fora), além de um empate (2-2) em casa do Sporting, os dragões eram, por esta altura, quartos classifica­dos, a seis pontos do líder. Desde aquele jogo na Capital do Móvel, que Conceição considerou “o pior” desde que chegou ao FC Porto, este não voltou a ser derrotado no campeonato, numa série que conta 36 partidas. Não chegou para revalidar o título, mas sustentou um arranque mais estável na presente edição: após seis vitórias e dois empates (nas visitas a Marítimo e Sporting), a liderança está a um ponto de distância. De resto, dragões e leões são os únicos invictos na liga, mas nenhuma equipa está há tanto tempo sem perder como o FC Porto.

Para esta situação, muito contribuiu a evidente melhoria no desempenho defensivo. Contrariam­ente ao que fora regra com Conceição, que nas três temporadas anteriores teve a defesa menos batida do campeonato, os azuis e brancos sofreram um número anormal de golos em 2020/21: 29. À oitava jornada, a conta já ia em dez, neste momento, vai em cinco. E isto apesar de algumas alterações que a defesa foi sofrendo de jogo para jogo, por opção técnica ou forçadas.

Finalmente, o ataque produziu menos um golo, 19-18, mas está totalmente dentro do padrão registado desde 2017/18 – à oitava jornada, os dragões tiveram sempre justamente 18 ou 19 golos marcados. Aqui, destaca-se Luis Díaz, com seis golos e na liderança dos melhores marcadores.

Melhorias que corrigiram um arranque falso e que voltam hoje, em Tondela, a ser postas à prova. No mesmo alerta na pré-época, o treinador catalogou as dez primeiras jornadas como “extremamen­te importante­s”.

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FC Porto, com Diogo Costa na baliza, só sofreu cinco golos na Liga

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