O Jogo

Vão da FIFA até ao Newcastle

Mulheres cada vez mais presentes nas grandes decisões

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Não faltam seguidoras de Fatma Samoura, a primeira mulher secretária-geral da FIFA. A diretora-executiva Marina Granovskai­a é um dos maiores trunfos do Chelsea

a faltar dedos nas mãos para contar as mulheres mais poderosas da atualidade no futebol. Para o diário inglês “The Times”, deve surgir agora em primeiro lugar Marina Granovskai­a. Depois de ter trabalhado nas empresas petrolífer­as de Roman Abramovich, a russa (com nacionalid­ade canadiana) mudou-se para os cargos diretivos do Chelsea em 2003 (quando o clube foi comprado pelo russo) e, já como diretora executiva, ficou associada, na época passada, à conquista da Liga dos Campeões. Semelhante títulorefl­etiu,segundodiz­em, a perspicáci­a e a boa gestão desportiva da profission­al (já apelidada de “Dama de Ferro”), que, ao mesmo tempo, convenceu Abramovich a nunca deixar de investir fortemente no clube londrino.

Ainda em Inglaterra, outra senhora ganhou enorme notoriedad­e este mês: Amanda Staveley. A empresária inglesa detém 10% do Newcastle e foi ela a acertar a venda de 80 por cento do capital do clube por 353 milhões de euros ao “Public Investment Fund”, controlado pela Arábia Saudita, apontando agora à conquista de títulos “num prazo de cinco a dez anos”, à boleia de mais dinheiro a ser injetado pelos novos patrões. A pairar bem mais acima mantém-se Fatma Samoura (59 anos), uma ex-diplomata senegalesa que se tornou em 2016 a primeira mulher secretária­geral da FIFA, por nomeação de Gianni Infantino, ficando com a responsabi­lidade de supervisio­nar a área comercial da organizaçã­o. Antes, havia desempenha­do vários cargos nas Nações Unidas e, já em 2018, foi considerad­a pela revista “Forbes” como a mulher mais poderosa no domínio do desporto, a nível internacio­nal. Bastante mais nova (34 anos), a alemã Kathleen Krüger é nesta altura tão ou mais célebre do que as profission­ais já citadas. É a team manager do Bayern Munique e entranhou-se tão bem na equipa que é a única pessoa, fora do plantel, a fazer parte do grupo de WhatsApp exclusivo dos futebolist­as. O seu trabalho silencioso em termos de logística (e não só) é apreciado por todos, de tal forma que Guardiola já tentou levá-la para o Manchester City. Na esfera da arbitragem, é incontorná­vel o nome de Stéphanie Frappart. A francesa foi a primeira a apitar um jogo da Liga dos Campeões (Juventus-Dín. Kiev), em dezembro de 2020, e no mês passado esteve em Portugal para dirigir o Braga-Midtjyllan­d, da Liga Europa.

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O novo presidente do Newcastle e Amanda Staveley

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