O Jogo

“MUNDIAL É UM SONHO”

Médio de qualidade inegável, a jogadora do Braga não quer “relaxament­os” com uma rival menos cotada, em teoria, e aponta à concretiza­ção de uma das maiores ambições pessoais e coletivas

- PAULO NUNES TEIXEIRA

Dolores Silva, 128 internacio­nalizações, é uma das jogadoras mais experiente­s da Seleção Nacional de futebol feminino, uma líder dentro de campo que na última partida de apuramento para o Mundial’2023 marcou um dos golos do triunfo luso sobre a Sérvia (2-1). Segue-se a Bulgária, na terça-feira, e em entrevista a O JOGO, a médio do Braga dá conta do espírito positivo do grupo que ambiciona nova vitória, em Plovdiv.

Portugal terá pela frente um adversário que ainda não pontuou nem marcou. Atribui favoritism­o à Seleção Nacional?

—Isso não nos pode dar qualquerti pode relaxament­o, porque todos os jogos são difíceis. A Bulgária é uma equipa com um estilo de jogo completame­nte diferente da Sérvia, vai fechar-se e vamos encará-lo como se fosse o adversário que está no primeiro lugar do grupo.

Na última jornada, a líder e poderosa Alemanha só venceu Israel por 1-0. O resultado deixa Portugal em alerta para dificuldad­es com rivais menos cotados?

—Sim, é a prova viva que não há jogos fáceis. Em Israel, conseguimo­s marcar muito cedo [0-4] e ajudou-nos a entrar melhor nos objetivos traçados para o jogo, mas na Turquia empatámos [1-1] e não tivemos a felicidade de trazer os três pontos. São sempre jogos que têm de nos servir de alerta e não vamos encarar a Bulgária como um adversário que tem menos capacidade­s que nós. Pretendemo­s mostrar dentro de campo que somos melhores.

Falou em marcar cedo. Pode ser importante nestas partidas?

—Claro, estes jogos são sempre muito complicado­s. Quando as equipasse fecham mais, é sempre importante entrar bem e um golo cedo permite desbloquea­r o jogo e ganhar ainda mais confiança. Acho que é importante manter o foco nas adversidad­es do jogo e não ficarmos com ansiedade se não marcarmos logo, mas manter a confiança de que vamos ganhar.

Tendo em conta a sua experiênci­a e carreira internacio­nal, com passagens por Espanha e Alemanha, certamente ambicionar­á bastante estar num Mundial?

—Quero muito, o meu maior sonho é estar numa fase final novamente com Portugal, ainda par amais num Mundial. Felizmente, estivemos no Euro’17, mas no último não tivemos a sorte de nos apurarmos. Agora, o objetivo é estar no Mundial, todas nós ambicionam­os muito isso, seja as mais velhas ou as mais novas, o que prova que o grupo está todo focado no mesmo objetivo e lutamos para honrar Portugal e colocar a Seleção onde merece, neste caso num Mundial que é tão importante.

“Vamos encarar a Bulgária como se fosse o adversário que está no primeiro lugar do grupo. Todos os jogos são difíceis”

Herdou a braçadeira de Cláudia Neto, que disse adeus à Seleção. Como tem sido ser a capitã?

—É uma responsabi­lidade diferente, mas não muda a minha postura, nem pensamento enquanto grupo, que é ajudar as colegas dentro e fora do campo, principalm­ente fora. Quero que estejam felizes aqui, sejam mais novas ou velhas e todas juntas a lutarmos pelo mesmo objetivo.

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Dolores Silva quer ir com a Seleção Nacional ao Mundial que decorrerá na Austrália e na Nova Zelândia

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