“Eu disse que faltava um central rápido”
1 A contratação do St. Juste era absolutamente indispensável ou o Sporting tinha condições para lutar pelo título na próxima temporada sem um jogador com as suas características?
—Eu conheço o St. Juste e acho que era essencial o Sporting reforçar-se com um jogador com estas características. É rápido, tem boa leitura de jogo e embora não tão alto como o Coates tem boa impulsão . Acho mesmo que fez falta esta temporada um jogador como o St. Juste. Se repararem, o Coates não é um jogador rápido, o Gonçalo Inácio e o Neto também não e qualquer equipa que tenha como objetivo estar lá em cima tem de ter uma defesa consistente e com elementos rápidos, que joguem em cima do meio-campo e consigam recuperar depressa. Estou muito à vontade para falar sobre isto porque quando o Sporting foi campeão essa já era a minha opinião.
2 O Sporting pode fechar a porta do sector mais recuado ou ainda há espaço para mais alguma entrada?
—Do meu ponto de vista, e não estou a defender a minha dama, parece-me que ainda haveria espaço para mais um central porque não há ninguém que colmate as eventuais ausências do Coates. Ele joga pelo Sporting e pela seleção do seu país. Jogar com três centrais obriga a uma grande rotação competitiva e nem sempre um jogador pode apresentar-se nas melhores condições. Portanto, ter mais um elemento com aquelas características seria muito importante para o Sporting.
3 O que faltou esta temporada ao Sporting?
—Faltaram algumas coisas. Desde logo, como disse, em termos defensivos faltou velocidade ao sector. Depois, o Sporting teve problemas no ataque. O Pedro Gonçalves teve um rendimento muito abaixo do ano anterior e quando se pensava que o Slimani poderia ajudar a resolver os problemas, verificou-se o conflito com o Rúben Amorim e as coisas não correram bem. Posso também estar a dizer um disparate, mas em alguns momentos o Sporting não resistiu à pressão e falhou.