Única preocupação foi ir à procura de golos
FC Porto e Benfica proporcionaram um clássico B muito disputado e, com posições tranquilas na classificação, jogaram ao ataque. Encarnados foram mais eficazes e venceram
O Benfica andou sempre a correr atrás de resultados desfavoráveis, mas conseguiu dar a machadada final nos portistas, por Nóbrega. Bis de Danny Loader não chegou para evitar a derrota.
••• Os jovens jogadores das equipas B de FC Porto e Benfica proporcionaram um jogo disputado e emotivo, coroado com cinco golos. Dada a rivalidades entre os dois emblemas, houve apenas duas pequenas quezílias, que foram de imediato ultrapassadas, ficando notório que os jogadores queriam era mostrar serviço na tentativa de ascenderam às equipas principais.
Com Pinto da Costa a assistir na bancada, a equipa comanda por António Folha teve uma entrada marcada pela segurança no transporte de bola para o ataque e muito ofensiva, obrigando os encarnados a jogarem com o bloco baixo. Gonçalo Borges deu o primeiro aviso aos 6’, mas o remate saiu um pouco ao lado. Os portistas mandavam no jogo, sobretudo pela direita, e os visitantes procuravam em lançamentos para as costas do setor defensivo azul e branco criar mossa, mas o que viram foi Gonçalo Borges a entrar pelo corredor, tirar Fabinho da frente e servir Danny Loader para o primeiro golo (9’).
A equipa de António Oliveira quis dar uma sapatada no jogo e subiu o bloco, passando a ter mais bola e a chegar com perigo à baliza, mas o remate de Umaro Embaló, aos 15’, que levava selo de golo, resultou numa grande defesa de Meixedo. O empate chegaria aos 26’, por Jair Tavares, que aproveitou um erro coletivo da defesa para atirar a contar. As duas equipas procuravam o golo e, aos 38’, Fabinho fez falta sobre Gonçalo Borges e Danny Loeader converteu o penálti.
Ao intervalo António Oliveira (abandona o comando técnico encarnado e procura novo rumo na carreira de treinador) deixou Fabinho no balneário e fez entrar Rafael Rodrigues. Com isso, a equipa ganhou maior consistência defensiva e atrevimento no ataque. Aos 52’, Rodrigo Ferreira travou em falta Umaro Embaló e Duk chamado a rematar da linha dos 11 metros permitiu a defesa a Meixedo, mas na recarga não perdoou. O Benfica B estava mais mandão e, no seguimento de um canto, por Filipe Cruz, Miguel Nóbrega subiu mais do que os adversários e, de cabeça, fez o 3-2, aos 58’.
As várias mexidas nas equipas tornaram depois o jogo mais aberto e o FC Porto B lançou-se no ataque, mas o individualismo, umas vezes, e a falta de pontaria, noutras ocasiões, não permitiu evitar a derrota.
“Pelo que aconteceu no jogo, não merecíamos perder, mas na segunda parte tivemos erros que custaram caro”
António Folha
Treinador do FC Porto B
“Foi um jogo com duas partes distintas. O triunfo assenta-nos bem. Tivemos mais posse de bola e ocasiões de golo”
António Oliveira
Treinador do Benfica B