O Jogo

ANO LOUCO PARA HENRIQUE

Desde que 2022 começou, o avançado tem sido protagonis­ta com estreias e feitos. Ideia da SAD é renovar-lhe o contrato

- MARCO GONÇALVES

Fez o primeiro jogo pelos AA a 29 de janeiro, marcou a 11 de março, e após vencer a Youth League voltou a dar sinais a Roger Schmidt. Tem vínculo até 2024 e é já seguido por Real, Barça, Liverpool e Bayern.

Um bis para Roger Schmidt, futuro técnico do Benfica, ver. Foi assim que Henrique Araújo terminou a temporada 2021/22, acumulando mais um marco, desta feita fruto dos dois golos na sua primeira titularida­de pela equipa principal, num ano civil de 2022 repleto de estreias e feitos. Depois do destaque ao serviço da equipa B na metade inicial da época, o ponta de lança foi lançado nos AA por Nélson Veríssimo e logo num dérbi com o Sporting, na final da Taça da Liga, a 29 de janeiro (desaire por 1-2). A 11 de março, estreou-se a marcar, no 1-1 com o Vizela na Luz, merecendo quatro dias depois a presença no banco no jogo decisivo com o Ajax, nos “oitavos” da Champions. E com a primeira titularida­de pelos sub-21 de Portugal pelo meio (a 25 de março, no 1-1 com a Islândia), brilhou já no final de abril com um hat-trick no 6-0 ao RB Salzburgo, na conquista da Youth League.

Tendo contrato até 2024, o jovem ponta de lança de 20 anos, que acumula já 100 golos pelo Benfica nos diversos escalões, começa a despertar cada vez maior cobiça, estando já no radar de clubes como Real Madrid, Barcelona, Liverpool e Bayern Munique. Por isso, e atendendo também ao facto de Henrique Araújo estar nos planos de Roger Schmidt para a próxima temporada, a SAD encarnada pretende renovar o vínculo com o atleta. Ainda num patamar mais baixo no que diz respeito ao salário, o camisola 39 terá assim no futuro um aumento, vendo também a sua cláusula de rescisão subir.

Golos nos genes e o fim dos 10 km/h

Apostado em “aproveitar as oportunida­des” e em “conquistar títulos” no Benfica, como assumiu no final do triunfo por 2-0 sobre o Paços de Ferreira, Henrique Araújo não surpreende­u Paulo Tito, que o orientou nas camadas jovens do Marítimo. “Continua a somar a cada oportunida­de e a faturar. Aproveita o que lhe dão, sempre foi assim desde que o apanhei, ainda como juvenil. É um finalizado­r. Nessa altura era daqueles que menos perdoavam. Marcava muitos golos e sempre aparecia no sítio certo, tem essa caracterís­tica e não falha”, conta a O JOGO, consideran­do que a chave para o limite do jogador passa pela confiança que na Luz depositare­m nele. “Tem uma série de argumentos que vão fazer dele um jogador com um futuro risonho se continuare­m

a apostar nele e se tiver oportunida­des como até aqui. Vejo-o, naturalmen­te, como o futuro avançado do Benfica, é preciso é ter oportunida­des e ele fazer a parte dele”, afirma, consideran­do que o camisola 39 das águias “tem o golo nos genes”. “Henrique Araújo é igual a golos”, atira. “É extremamen­te inteligent­e, tanto nas zonas de finalizaçã­o como a aparecer no espaço e é dotado tecnicamen­te”, reforça.

Sem esquecer o miúdo com quem trabalhou ainda em juvenil, Paulo Tito revela o conselho que mais vezes tentou passar ao futebolist­a. “Dizia-lhe várias vezes que a 10 km/h não ia lá. É normal, com aquela idade. Tinha 15/16 anos e marcava tantos, nesse ano fez 54, que estava convencido que era suficiente. Mas dizia-lhe que se acelerasse mais podia fazer ainda mais golos! Essa foi a grande mudança que vejo nele agora, corre muito mais. Mas é uma mudança natural de quem está a crescer”, atira, falando de Henrique Araújo como um miúdo “bom aluno” e que “queria divertir-se em campo”. Mas sempre “focado”. “É forte mentalment­e e tem uma personalid­ade muito vincada já desde os 15 anos. Tem muito claro aquilo que quer ser e o percurso que quer percorrer”, defende o antigo treinador.

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