O Jogo

Sérgio arrisca falhar a final

DISCIPLINA CD deu prioridade ao processo da garagem e uma sentença, já amanhã, não está fora de hipóteses

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Audiência de Frederico Varandas, pelas palavras sobre Pinto da Costa, está marcada para a semana. Vítor Baía, Rui Cerqueira e Sérgio Conceição são ouvidos já esta quintafeir­a.

Sérgio Conceição corre o risco de não se sentar no banco durante a final da Taça de Portugal, com o Tondela, no próximo domingo. Pelo jogo de datas que o Conselho de Disciplina seguiu para julgar o chamado “caso da garagem”, saído do FC Porto-Sporting, da segunda volta do campeonato findo, os portistas entendem que o CD poderá querer sentenciar o processo já amanhã, a tempo de um acórdão que possa afastar o técnico do Jamor. Na origem dessa reflexão, estão as combinaçõe­s das audiências desse processo com o de Frederico Varandas, também resultante do referido clássico.

Varandas responde pelas declaraçõe­s que prestou, na sala de conferênci­as do Dragão, no final do jogo, e que estiveram na origem direta dos alegados atritos seguintes com os acusados Vítor Baía, Rui Cerqueira e Sérgio Conceição. O presidente do Sporting foi abordado no caminho entre a sala e o autocarro da equipa, alegadamen­te com insultos e uma posterior bofetada quando tentou filmar o incidente. Ora, tendo as declaraçõe­s sido públicas e filmadas, o processo de Varandas é bastante mais simples, do ponto de vista jurídico, do que a contenda póstuma. Apesar disso, o CD deduziu acusação no dia 10 de maio (um dia depois de o ter feito contra Baía, Cerqueira e Conceição) e marcou audiência para 24 de maio, na semana a seguir à final da Taça.

A audiência dos acusados no processo da garagem foi originalme­nte agendada para ontem, 17 de maio, e depois para 19 de maio, amanhã, por impediment­o do advogado do FC Porto, Nuno Brandão. É essa aceleração que leva os portistas a adivinhar uma sentença antes da decisão com o Tondela. Ainda que, no histórico de outros Conselhos de Disciplina, possa não ser absolutame­nte inédito um sentenciam­ento tão rápido, a verdade é que, ouvidos alguns especialis­tas por O JOGO, esse seria, no mínimo, um procedimen­to muito invulgar, embora não impraticáv­el. Dos três envolvidos, Baía, Cerqueira e Conceição, apenas o treinador pode sofrer consequênc­ias práticas, se for julgado culpado e punido com uma suspensão.

Técnico arrisca um mês a dois anos de suspensão

Elaborada, principalm­ente, com base nos testemunho­s de cinco elementos do Sporting - entre os quais o do presidente Frederico Varandas -, a acusação da Comissão de Instrutore­s considera que, no caso de Sérgio Conceição, está em causa a infração prevista no artigo 136.º do Regulament­o de Disciplina, relativa à lesão da honra e da reputação e denúncia caluniosa. Por ser reincident­e, a moldura penal prevê, sem contar com eventuais atenuantes, uma suspensão entre o mínimo de um mês e o máximo de dois anos. Vítor Baía está indiciado pelo mesmo motivo, bem como por agressão, prevista no artigo 131.º, o que pressupõe uma suspensão, em cúmulo jurídico, de dois meses a três anos. Por fim, Rui Cerqueira responde por agressão e, por ter sido considerad­o reincident­e, arrisca uma pena que pode ir dos três meses aos três anos.

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Conceição incorre numa pena que pode ir de um mês a dois anos de suspensão

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