Rafael Ramos volta a negar insulto racista
Na audiência em tribunal, o futebolista português do Corinthians afirmou desconhecer que chamar“macaco” a outra pessoa é racismo
Defesa do português alega desconhecimento cultural e popular. Para o advogado de Rafael ramos, foi importante ele ter afirmado desconhecer que chamar “macaco” no Brasil é diferente de Portugal.
O internacioal português Rafael Ramos, jogador do Corinthians, apresentouse ontem no Tribunal de Justiça Desportiva do Brasil, voltando a reclamar inocência em relação à acusação de racismo efetuada por Edenílson, jogador do Internacional, por alegado insulto durante uma partida do campeoato brasileiro.
A acusação data de 15 de maio, quando o médio brasileiro acusou o lateral português, de 27 anos, de lhe ter chamado “macaco”, após o empate 2-2 entre as respetivas equipas.
Rafael Ramos reagiu prontamente à acusações, reclamando inocência, numa posição reiterada ontem e sobre a qual o advogado do ex-Santa Clara, Daniel Bialski, avançou pormenores, revelando que o lateral alegou não ter conhecimento que o termo “macaco” era uma expressão racista no Brasil. “Uma coisa importante que ele [Rafael Ramos] disse hoje [terça-feira] e que precisa de ser destacada: em Portugal, como ele mencionou, não se faz esse tipo de comentário [macaco] quando se quer ser preconceituoso, e ele não sabia que isso era utilizado no Brasil”, afirmou, citado pelo Globoesporte.
Bialski revelou ainda que Rafael Ramos “reafirmou o que já tinha dito várias vezes, que em momento algum ofendeu de forma racista o Edenílson”.
Edenílson também será ouvido em tribunal, no próximo dia 6 de junho, sendo que Rafael Ramos arrisca um castigo de cinco a dez jogos e uma multa de quase 20 mil euros, no que toca à esfera desportiva.
O caso também está a ser acompanhado pela Polícia Civil de Porto Alegre.
“Em Portugal não se faz esse tipo de comentário [macaco] quando se quer ser preconceituoso”
Daniel Bialski
Advogado de Raafel Ramos