Pepe foi rei em Sevilha
Seleção recebida calorosamente por cerca de 40 adeptos, todos eles espanhóis
Ronaldo e André Silva foram outros dos mais requisitados. O central do FC Porto foi o que esteve mais tempo com os adeptos: deu autógrafos, tirou fotografias e selfies.
MANUEL CASACA
“Desculpe, não pode ficar aqui, estes lugares estão reservados”. O aviso feito a O JOGO surgiu da boca de Aurélio García, acompanhado de um sorriso. O filho, Jesule, de 13 anos, também já tinha dito o mesmo. Eram 19 horas (menos uma em Portugal continental) e estavam há três horas a guardar os lugares para ver os jogadores da seleção portuguesa. A matriarca também lá estava. “Somos todos de Sevilha, mas gostamos de Portugal. O meu avô é de Lisboa”, explicou-nos Lídia Giménez, mostrando um dos muitos cartazes que tinham preparados para Pepe, João Moutinho, William Carvalho e Bernardo Silva. A dedicatória para o esquerdino do Manchester City era acompanhada de um apelo. “Bernardo Silva, sou teu fã. A minha maior ilusão seria que me oferecesses a tua camisola. Vou esperar-te no aeroporto depois do jogo”, podia ler-se na mensagem que o pequeno Jesule escreveu com a ajuda de um amigo português.
O tempo era de espera enquanto a Seleção não chegava ao hotel, no centro de Sevilha. Os cerca de 40 adeptos eram todos espanhóis, incluindo uma criança que estava com a camisola do FC Porto. Miguel Pérez, natural daquela cidade da Andaluzia, explicou o que o levou a estar ali com a camisola dos campeões nacionais. “Gosto desta camisola do FC Porto e comprei-a pela internet. Como queria ver os jogadores portugueses, vesti-a”, justificou, sorridente.
Minutos depois o autocarro que transportou a seleção portuguesa chegou ao hotel. Fernando Santos foi o primeiro a entrar no hotel. Dos jogadores, Dalot e Pepe foram os primeiros a parar e a fazer as delícias dos adeptos.
O central começou por assinar duas camisolas do Real Madrid, tirou algumas fotografias ainda com máscara, mas depois, já de cara destapada, pegou num telemóvel e tirou uma selfie. Ao lado, André Silva, outro dos mais requisitados assim como Cristiano Ronaldo, dava autógrafos a uma adepta que tinha a camisola 11 do Leipzig.
A hora era de recolher, mas ainda houve tempo para William Carvalho, jogador do Bétis e que hoje joga “em casa”, no Benito Villamarín, agradecer o apoio e levar o cartaz que lhe tinham dedicado.
“Somos todos de Sevilha, mas gostamos de Portugal. O meu avô é de Lisboa”
Lídia Giménez Adepta