O Jogo

Salvador não negoceia Horta

O presidente do Braga acusa as águias de entrarem “por caminhos menos claros” no negócio

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Falando de um cenário “surreal” perante a possibilid­ade de o Benfica pressionar através do Málaga, também detentor de parte do passe, o líder minhoto lembra o contrato do atleta até 2026.

MARCO GONÇALVES PEDRO MIGUEL AZEVEDO PEDRO ROCHA

A proposta de dez milhões bbb de euros do Benfica por Ricardo Horta não convenceu António Salvador, que lançou um duro ataque ao Benfica pela forma como as águias estarão a pressionar para fazer negócio, até com contactos junto do Málaga, detentor de parte do passe. “A única entidade que decide sobre os seus ativos é o Braga, que não está interessad­o em negociar o Ricardo Horta. Se algum clube vai pela via de um terceiro pressionar para que algum negócio, no caso o Ricardo Horta, seja possível, está errado”, frisou Salvador à SIC Notícias, reforçando: “É preocupant­e para o clube com essa grandeza entrar por caminhos menos claros e que não são os mais corretos.”

“Recebemos uma proposta do Benfica que rejeitámos liminarmen­te. Não queremos analisar porque não queremos negociar”, declarou, atirando: “Foram dez milhões de euros. Mas o Ricardo Horta há bem pouco tempo renovou contrato até 2026. Está muito satisfeito no Braga, onde já marcou uma história. Tenho a certeza que vai ficar no Braga muito feliz.”

O passe de Horta está partilhado também com o Málaga, parte interessad­a numa venda e que segundo a Imprensa espanhola reclama ter direito a 67 por cento de uma venda, mas Salvador garante

“Houve partilha de passe, mas não há nada a pagar e a decidir por terceiros”

António Salvador Presidente do Braga

que não será condiciona­do. “O que leio é surreal, como é que um clube vai através de um terceiro fazer pressão para que haja uma transação quando só o Braga pode tomar a decisão?”, atirou, avisando: “O Braga tem todo o direito de não querer negociar e não vai fazê-lo salvo, claro, as cláusulas que existem nos contratos.”

Admitindo “determinad­as condições no contrato” do atleta definidas aquando da troca do Málaga pelos guerreiros, lembrou ser “sabido que o Braga não pagou um euro por ele”, realçando: “Houve sim partilha de passe, mas não há nada a pagar e a decidir por terceiros clubes, é só o Braga que decide.”

Inflexível quanto a negociar Ricardo Horta, Salvador, que considerou o valor apresentad­o pelas águias como uma desconside­ração, aponta, como o nosso jornal adiantou, para os 20 milhões de euros para libertar o seu capitão, blindado por uma cláusula de rescisão de 30 milhões de euros. E nesta fase nem mesmo a possibilid­ade de o Benfica propor incluir jogadores numa futura proposta será suficiente para convencê-lo. O líder arsenalist­a não está recetivo quanto à inclusão do passe de outros futebolist­as num eventual negócio futuro. Salvador prefere fazer apenas um encaixe financeiro, complicand­o para já as intenções do clube presidido por Rui Costa, que se mantém para já tranquilo perante o processo, confiante num desfecho a seu favor.

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Ante o Famalicão, Horta tornou-se o melhor marcador da história dos arsenalist­as

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