DA LIGA REVELAÇÃO À CONQUISTA DA GRÉCIA
Tiago Nani, avançado de 24 anos, cresceu ao serviço do Aves, o primeiro campeão nacional sub-23, e realçou a importância da competição para o futuro dos jogadores mais jovens
Conquistar a Liga e a Taça Revelação pelo Aves, em 2018/19, abriu-lhe portas. Joga no Kalamata, e da experiência grega apenas aponta como negativo algumas atitudes xenófobas doa adeptos.
JOÃO FERNANDO VIEIRA
Tiago Rocha Ferreira é o bbb nome que consta no cartão de cidadão, mas é por Tiago Nani que responde desde muito cedo.Aalcunha,contaaOJOGO, vem desde criança e tem o internacional português Nani como origem devido ao perfil idêntico no relvado. Tem 24 anos, é natural de Cascais e foi no Aves que passou anos gloriosos, sagrando-se campeão da Liga Revelação e da Taça Revelação. O cascalense não esquece a prova que o catapultou para outros patamares e sublinha a importância da mesma para os jogadores mais novos. “A Liga Revelação é muito importante para o futebol nacional, porque a transição de júnior para sénior é bastante complicada. Ajuda a preparar os jovens jogadores para outros patamares e faz com que atletas talentosos não se percam”, defende o avançado.
Tiago Nani mudou-se para o campeonato grego em 2019, depois de erguer pelo Aves os dois troféus de sub-23, e a aventura, feita sozinho, foi desafiante. Hoje veste a camisola do Kalamata, emblema que atua no segundo escalão grego. A adaptação a uma nova realidade foi rápida, mas nem tudo são rosas no futebol grego. “Aterrei numa realidade diferente e acabei por adaptarme bem. Estava consciente das dificuldades, mas surgiu
tudo com naturalidade”, recorda, apontando “a xenofobia, por parte de algumas pessoas”, como lado negativo desta experiência. “O preconceito não me desvia do meu foco. Subi duas vezes de divisão e conquistei a Taça da Ilha”, frisa. Representar “um grande clube europeu” é um dos sonhos de Tiago, mas, para já, “o foco é fazer o máximo de jogos aqui e dar o meu contributo com golos e assistências”.