O Jogo

“QUEREMOS A LIGA BPI”

RACING POWER Catarina Carmo, médio, é uma das figuras do clube criado em 2020 e aponta à subida ao escalão maior feminino.

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A cumprir a primeira temporada no Racing Power, a internacio­nal jovem portuguesa acredita na qualidade e no trabalho do grupo que integra e quer festejar o sucesso nesta época.

JOÃO FERNANDO VIEIRA

Oito clubes estão em bbb luta pela última vaga na Liga BPI para a próxima temporada e o Racing Power está nesse lote. Catarina Carmo, médio de 23 anos, é uma das jogadoras mais utilizadas pelo clube setubalens­e na caminhada rumo ao primeiro escalão. Na primeira eliminatór­ia dos play-off, a formação de Nuno Cristóvão venceu o Condeixa, por 1-0. Catarina sabe das dificuldad­es do segundo jogo, mas acredita na qualidade do grupo para ultrapassa­r este obstáculo. No futuro, o grande sonho é tornar-se profission­al e representa­r a Seleção principal. O Racing Power terminou a fase de campeão da II Divisão em terceiro lugar e está a disputar o play-off de subida à Liga BPI. Como caracteriz­a a temporada? —Foi uma época difícil e de cresciment­o. Queríamos ser campeãs e alcançar a subida direta, era esse o grande objetivo da temporada, mas nada está perdido e queremos a Liga BPI. Pessoalmen­te, aprendi bastante e fiz uma boa escolha. Tenho tido muitos minutos e tenho mostrado o meu valor. Ganhei o meu espaço aqui.

Na primeira eliminatór­ia do play-off, o Racing Power venceu o Condeixa, da Liga BPI, por 1-0, e parte em vantagem para a segunda mão. Qual foi a chave do triunfo?

—Foi um jogo difícil. O Condeixa é uma equipa da Liga BPI e apresenta sempre outro ritmo, outra estaleca. Trabalhámo­s muito bem durante a semana e isso viu-se no jogo. Estivemos focadas defensivam­ente, pois o Condeixa aposta muito na verticalid­ade e na profundida­de. Correu bem, marcámos um golo e conseguimo­s ser eficazes.

Ainda falta jogar a segunda mão, desta feita em casa do Condeixa. O que espera do encontro?

—Será ainda mais difícil. O Condeixa joga em casa, está em desvantage­m e vai entrar com tudo. Mas estamos focadas no trabalho e no nosso objetivo. Temos que ganhar e vamos fazer um bom jogo, mas, claro, consciente­s dos perigos do Condeixa e preparadas para tudo.

Apenas um clube marcará presença na Liga BPI na próxima temporada. Entende que existe algum participan­te que se destaque neste play-off?

—O play-off acarreta muita gestão emocional. Penso que não há nenhuma equipa claramente melhor. Esta prova é muito competitiv­a e todas as equipas querem um lugar. Nós vamos lutar para sorrirmos no final.

Fez 27 jogos e é uma das atletas mais utilizadas pelo treinador Nuno Cristóvão. Esperava chegar e ser uma das jogadoras mais importante­s, uma aposta recorrente?

—Sou uma jogadora humilde e que procura sempre trabalhar mais, ajudando os outros. Tenho noção das minhas dificuldad­es e procuro sempre mudar. Penso que isso foi determinan­te. Cheguei cá para ter mais minutos e sinto-me muito bem.

Quais são as ambições da Catarina Carmo? —Quero contribuir para que o Racing Power suba à Liga BPI. Tenciono ter uma experiênci­a 100 por cento profis

é Amado, do Benfica, Referência: Catarina

jovem médio. da principal inspiração a “Sou uma jogadora humilde e que procura trabalhar mais, ajudando os outros” “Tenciono representa­r um clube grande e representa­r a principal Seleção Nacional” Catarina Carmo Médio do Racing Power

“Queríamos ser campeãs e alcançar a subida direta, era esse o grande objetivo da temporada, mas nada está perdido e vamos atrás da Liga BPI” “Este play-off acarreta muita gestão emocional. É muito competitiv­o” “Na próxima temporada podem esperar uma Catarina muito mais madura em todos os registos”

sional e de representa­r um clube grande. Para além disso, sonho jogar pela principal Seleção Nacional.

O que podemos esperar de si na próxima temporada?

—Uma Catarina muito mais madura em todos os registos. Aprendi muito e tenho aplicado. Esta época ajudou muito e espero que a próxima seja ainda melhor.

Uma futebolist­a tem que sacrificar muitas coisas?

—Sim, é uma vida de sacrifício­s. Temos que gerir bem o tempo. Trabalho como assistente social e abdico do meu tempo livre com os meus amigos e família para seguir este sonho do futebol.

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