Iga e Coco ditam nova moda em Paris
Polaca, de 21 anos, e americana, de 18, disputam final mais jovem de Roland Garros desde 1997.
É preciso recuar 25 anos bbb para se encontrar uma final de Roland Garros com um somatório de idades inferior ao que amanhã a polaca Iga Swiatek e a norte-americana Coco Gauff vão apresentar noCourt Philippe Chatrier. Vencedora da edição de 2020, a jovem (21 anos) de Varsóvia vai apadrinhar a estreia da prodígio (18 anos) de Atlanta numa final do Grand Slam, recuperando a mocidade da final de 1997, na qual a croata Iva Majoli, de 19 anos, ganhou à suíça Martina Hingis, de 16.
Líder do ranking, Swiatek venceu ontem a russa Daria Kasatkina (20.ª), por 6-2 e 6-1, e Gauff (23.ª) impôs-se à italiana Martina Trevisan (59.ª), por 6-3 e 6-1; dois desfechos extremamente desequilibrados para uma fase (meias-finais) tão importante de um major. Nada que surpreenda, num circuito feminino marcado por crónica instabilidade, mas que se dá ao luxo de ver a polaca igualar as 34 vitórias seguidas de Serena Williams, em 2013, quando a americana já tinha 31 anos!
Iga e Coco vão defrontar-se pela terceira vez, tendo a polaca vencido sempre (Roma’2021 e Miami’2022). Recusando o favoritismo, deixa a receita: “Encaro uma final como se fosse mais outro encontro e recordando como cheguei lá; pensando nos meus pontos fortes, e sendo tudo uma questão de mentalidade e preparação feita antes da final”.
Gauff deixou na lente da câmara TV do court a mensagem “Paz. Fim à violência armada”, assim justificada: “O meu pai sempre disse que eu podia ajudar a mudar o mundo com a minha raquete, e não se referia apenas ao ténis, mas também em abordar temas como este”.