O Jogo

Ricardo Horta enche a montra

- Jorge Maia jorge.maia@ojogo.pt

Numa altura em que Braga e Benfica discutem quanto vale o criativo, um golo marcado à Espanha pode mexer com as contas

Ogolo de Ricardo Horta, que valeu o empate da Seleção frente à Espanha, obriga a adiar outras consideraç­ões sobre o jogo de ontem, como o arranque de Cristiano Ronaldo no banco. Já lá vamos. O criativo do Braga cumpriu a promessa que tinha feito quando viu confirmado o regresso à Seleção e aproveitou “ao máximo” a oportunida­de dada por Fernando Santos. Aproveitou-a marcando o único golo de Portugal e, pelo caminho, a exposição que a montra de um duelo ibérico proporcion­a. Numa altura em que Braga e Benfica discutem quanto vale o melhor marcador português do campeonato e um dos principais desequilib­radores da I Liga, o próprio terá dado mais um argumento à parte que puxa o preço para cima. Mas essas serão contas para fazer mais adiante. Entretanto, Portugal ganhou um ponto num jogo em que esteve longe de ser brilhante e em que a Espanha dominou a maior parte do tempo, mas em que também só conseguiu marcar num erro daqueles que Cancelo raramente comete e que tratou de compensar com o cruzamento para o golo de Horta. De resto, bem espremido, e não obstante o domínio territoria­l espanhol, o jogo proporcion­ou tantas oportunida­des para um lado como para o outro, com a melhor de todas a ser desenhada pelo entendimen­to entre André Silva e Rafael Leão e negada pelo pé do guarda-redes Unai Simón. Não chegará para tornar definitiva a remissão de Ronaldo para o banco de suplentes que, apesar das esquivas de Fernando Santos, terá mais a ver com a gestão de esforço que esta Liga das Nações recomenda. Mas mostra que há soluções, qualidade e talento suficiente para sobreviver à ausência do CR7. E, sobretudo, que Fernando Santos está disposto a explorá-las. E essa já é uma boa notícia.

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