O Jogo

Artur Jorge “Somámos contra um rival direto”

Técnico dos minhotos gostou da identidade e do compromiss­o que viu da sua equipa em campo

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Recusando ver nos gestos de Ricardo Horta em pleno relvado uma despedida, Artur Jorge disse estar cansado da “novela” sobre a transferên­cia para o Benfica, que acha “desconfort­ável para a equipa”.

ANDRÉ VELOSO GOMES

Satisfeito por ter “somado ●●● um ponto frente a um rival direto”, ainda que tenha garantido que a sua equipa “fez tudo para ganhar o jogo” aos leões, Artur Jorge, treinador do Braga, considerou que foi uma “grande partida, muito viva, com duas equipas a querer vencer”. “Mesmo em desvantage­m, nunca deixámos o Sporting confortáve­l e tivemos capacidade para recuperar o resultado. Mostrámos um grande caráter e uma identidade que queremosve­rnoBraga.Demos uma resposta muito positiva frente a um rival que tem grandequal­idade.Comestaati­tude, vamos estar sempre mais perto de ganhar”, considerou o técnico, lembrando que a formação arsenalist­a “teve oportunida­des porque trabalhou muito para elas”. “Estamos a tentar trazer uma ideia nova. Fomos muitocompe­titivos,nemsempre competente­s, mas somámos um ponto frente a um rival direto. Na segunda parte, o jogo partiu-se e tivemos mais oportunida­des pela nossa forma de jogar”, acrescento­u Artur Jorge, assumindo que a equipa está perto do que pretende para a o futuro. “Se este é um Braga à minha imagem? Sim, de uma forma geral, identifico-me muito com aquilo que hoje (ontem) vi. Tivemos alguns momentos de menor competênci­a, mas isso faz parte daquilo que é o cresciment­o da equipa. O mais importante, nesta altura, é a intensidad­e que mostrámos e a ambição que tivemos para acreditar até ao fim”, disse, satisfeito, o técnico bracarense.

Sobre as substituiç­ões que efetuou e se revelaram decisivas no empate, casos das entradas de Abel Ruiz e Djaló que construíra­m o terceiro golo da equipa, o treinador garantiu que “as mudanças já estavam preparadas” quando o jogo estava 2-2. “Queria procurar objetivida­de e ser mais rápido para ir atrás do 3-2. Não mudei de ideia porque tínhamos de marcar para não perder. Fomos felizescom­essamudanç­a,mas o mérito é dos jogadores que entraram e acrescenta­ram sempre valor. O que procuramos é ser todos comprometi­dos, sabendo que temos coisas a corrigir”, explicou.

Confrontad­o com a forma como Ricardo Horta se despediu dos adeptos bracarense­s no final do jogo e sobre uma possível transferên­cia do avançado para o Benfica, Artur Jorge garantiu que não tem “essa informação”. “O Ricardo fez mais um belo jogo. Vamos ver o que vai acontecer. É uma novela que se tem prolongado e tenho pena que se continue a falar do Ricardo e menos do Braga. É desconfort­ável para a equipa. Merecemos mais respeito enquanto coletivo e não apenas por um excelente jogador que temos no nosso plantel”, desabafou o líder da formação minhota, recusando, depois, assumir uma candidatur­a dos minhotos ao título de campeão nacional e preferindo entrar pelo discurso do jogo a jogo com a certeza de que a sua equipa quer “jogar sempre para ganhar”.

“É desconfort­ável para a equipa [caso Ricardo Horta]. Merecemos mais respeito enquanto coletivo”

“Mesmo estando em desvantage­m, nunca deixámos o Sporting confortáve­l”

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Artur Jorge diz que o Braga que se viu ontem já está perto daquele que pretende

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