PROCURAM-SE RIVAIS PARA MAURICIO
83.ª VOLTA A PORTUGAL Chegada de hoje, com subida nova e dura, pode ser a última oportunidade para abalar o “amarela”
Há quatro corredores com possibilidades de atacar a liderança e a Glassdrive-Q8 tem três para a defender, todos com vantagem na classificação. A W52-FC Porto faz falta, admitem até os dominadores.
A 83.ª Volta a Portugal ●●● está hoje novamente na estrada (12h45), para 165,7 quilómetros que entusiasmam, pela novidade de estrearem uma chegada em alto ao Observatório de Vila Nova, em Miranda do Corvo (17h28) – “É o final mais duro dos últimos anos”, anuncia Rúben Pereira, diretor-desportivo da Glassdrive-Q8-Anicolor –, e por isso representar o maior teste à liderança de Mauricio Moreira. Se a vantagem do uruguaio sair intocada dos 10,1 km de subida, inclinados a 7,7%, dificilmente será a Senhora da Graça, onde ganhou há um ano, a tirar-lhe a amarela. Quanto ao contrarrelógio de dia 15, no final entre Porto e Gaia, será mesmo o favorito.
“Não queremos esmagar a Volta, esperamos ter uma corrida cativante até ao final”, diz Rúben Pereira, que lidera com primeiro, segundo (Frederico Figueiredo) e quinto da geral (António Carvalho), além de vencer as etapas que fizeram diferenças, o prólogo de Lisboa (Rafael Reis) e a chegada à Torre (Moreira). Torna-se difícil imaginar um rival capaz de contrariar os Glassdrive, até porque a oposição se reduz a Luís Fernandes (RPBoavista), Alejandro Marque e Delio Fernandez (Atum General-Tavira) e André
Cardoso (ABTF-Feirense). Alguns deles vão até defender as suas posições, ao invés de atacar a amarela.
“Numa Volta pode acontecer muita coisa”, diz o técnico da equipa dominadora, disposto a oferecer as etapas aos concorrentes, mas sem “deixar entrar mais gente na luta pela corrida”. Tendo Figueiredo e Carvalho capazes de acompanhar alguns dos rivais, se estes atacarem Moreira, destaca um “Frederico com potencial para ganhar a Volta”. E Rúben Pereira admite que a W52-FC Porto está a fazer falta: “No resultado final, não sei; já há um ano nos batemos de igual para igual. Mas pela forma de correr, pela atitude com que assume o pelotão, dá a cara e luta. Para nós até seria bom, iria retirar-nos pressão”.