O Jogo

SCOTT MCGILL E MATIAS EMPATADOS A DOIS

83.ª VOLTA A PORTUGAL Maia foi palco do quarto final ao sprint, uma raridade na corrida, e Frederico Figueiredo foi tranquilo de amarelo

-

Com a Glassdrive-Q8Anicolor a estender a mão de ferro mesmo às etapas planas, a ligação até à Maia valeu um raro quarto final em pelotão. Novamente decidido entre os dois velocistas mais fortes.

CARLOS FLÓRIDO

A Volta a Portugal costuma ●●● ser um espelho da época nacional, com montanha repartida pela maioria das etapas. Esta 83.ª edição rompeu com essa tradição, apresentan­do seis finais em terrenos planos. Como a Glassdrive­Q8-Anicolor, na defesa dos seus camisolas amarelas – o símbolo da liderança já passou porRafaelR­eiseMauric­ioMoreira, sendo agora vestido por Frederico Figueiredo –, nunca tem permitido grande vantagem às fugas, sendo as perseguiçõ­es terminadas por Wildlife Generation e TavferMort­água-Ovos Matinados, as equipas dos dois sprinters mais fortes, na Maia deu-se o quarto duelo entre o norteameri­cano Scott McGill e o barcelense João Matias. O primeiro venceu e empatou o duelo “a 2-2”, nas palavras do próprio Matias.

Se a luta pela geral não tem gerado grandes emoções, os sprints, apesar da espetacula­ridade que sempre garantem, também se tornaram previsívei­s. Entre as equipas portuguesa­s, devido às tais poucas oportunida­des, os velocistas passaram a ser uma raridade – tal como o treino de “comboios” de lançamento – e só existe mais César Martingil, mas o corredor da RP-Boavista ainda não passou de oitavo. Entre as estrangeir­as, os britânicos Thomas Armstrong e Oliver Rees (este só com um colega em prova) e o basco Abetxuko não têm estado à altura.

Sobrando McGill e Matias, ontem, numa etapa que repetiu a excelente ideia de duas passagens pela meta – havia acontecido em Elvas – até foi a Glassdrive a entrar no sprint, lançado por Mauricio

Moreira à entrada da reta da meta. O seu trabalho era para Fábio Costa, mas foi António Carvalho, a recordar os anos em que discutia finais em pelotão (2011 e 2012), a chegar no terceiro lugar.

Hoje e amanhã, em Braga e Fafe, com subidas nos últimos quilómetro­s, será difícil aos puros velocistas estar na discussão. Serão as últimas tiradas em que alguém pode surpreende­r os Glassdrive, estes vão querer uma fuga que acalme o pelotão e Wildlife e Tavfer não irão perseguir. Teremos finais animados ou inesperado­s? A Volta está a precisar deles...

“A equipa está a crescer e tem sido uma boa batalha nos sprints”

Scott McGill Wildlife Generation Pro Cycling

 ?? ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal