Coates ficou... um metro atrás
ANÁLISE No lance do 3-3 em Braga, Amorim viu “todos a defender bem” mas o central podia ter “pressionado mais”
Em comparação com fase igual de 2021/22, o técnico diz ter “mais equipa” agora. Olhando para a “consistência defensiva” dos leões desde que chegou, fala da “exceção” vivida no Minho.
Em Braga, o Sporting sofreu três golos na Liga, algo que sucedeu pela terceira vez em 80 jogos com Amorim ao comando. Na análise ao 3-3, o técnico tem dificuldades em apontar culpados mas acaba por falar de pormenores. “[O jogo em Braga] é a exceção. Falou-se muito do terceiro golo [do Braga]. É normal haver um contra um e, no cruzamento, todos estavam a defender bem, embora o Coates pudesse ter pressionado mais o jogador [Abel Ruiz]. Falámos disso no balneário e mostrei que, às vezes, basta uma desconcentração. Olhando para a jogada toda não consigo dizerlhes nada de especial mas, no último momento, aquele jogador devia estar mais pressionado”, analisou Amorim. E acrescentou: “Temos uma equipa mais forte e dominadora, mas precisamos estar mais concentrados em momentos chave onde não podemos sofrer golos. Esta semana a conversa teria sido espetacular se o Seba [Coates] tivesse estado um metro à frente para bloquear aquela bola.”
Na linha da concentração, o técnico também evocou um outro golo minhoto, onde “numa falta marcada rapidamente, Morita, após cometer a falta, não fica com a bola para deixar a equipa organizar-se”. “Falhas há sempre, os jogadores não são máquinas. O que vamos mudar é ter mais atenção aos pormenores. O que importa é não fazer grande caso disso. São pormenores e sabemos onde errámos. Somos defensivamente fortes e disciplinados e vamos voltar ao nosso patamar”, prometeu Amorim. O treinador assegura que confia “em todos os defesas” e diz ter agora uma melhor equipa. “Em relação ao ano passado por esta altura, somos mais equipa. Temos características diferentes que nos faltaram no fim [da última época]. O Rochinha dá-nos outras opções, o Fatawu tem características muito boas, o Marcus [Edwards] está melhor, o Morita tem uma relação muito boa com a bola e dá-nos mais qualidade, o Ugarte está ainda melhor que no ano passado e o St. Juste tem características diferentes do Feddal. Se os jogadores ficarem mais um ano vão ficando melhores e essa base vai melhorando de ano para ano. Ganhar jogos e a única forma de dar a volta a isto”, disse.