A SOLUÇÃO ANDRÉ AMARO
Tem apenas 19 anos, o bom senso recomenda precaução na utilização, mas o central já deixou claro que está pronto para tudo e reforça estatuto
A forma impecável como resistiu ao fulgor e matreirice de Livaja, na vitória com o Hajduk Split, ilustra bem a capacidade de André Amaro para se impor no onze de Moreno. A saída de Mumin ajudará.
A gestão de Moreno no ●●● eixo da defesa, nos cinco jogos que leva a época do Vitória, coloca em evidência André Amaro, 19 anos, mais um desses casos de maturidade competitiva precoce cultivada na formação do D. Afonso Henriques que as circunstâncias e a coragem dos treinadores têmdadoaconheceraosadeptos. Moreno até começou por o deixar no banco, no primeiro jogo oficial, com o Puskás Akadémia, mas a lesão de Jorge Fernandes atirou o miúdo para a equipa logo no segundo tempo. Só saiu em Split - curiosamente, no único desafio em que os vitorianos sofreram golos, na derrota por 3-1 que viria a custar o afastamento da Conference League -, e não foi propriamente uma surpresa que o treinador tenha optado por Mikel Villanueva, 29 anos, mais alto e experiente, ao lado de Mumin. Em Chaves, na abertura do campeonato, regressou Amaro, desta vez com Villanueva e novo registo vitorioso com a baliza de Varela imaculada, e Moreno decidiu lançálo às feras do Hajduk Split, no reencontro com os croatas com a missão de cercear toda a arte e matreirice de Marko Livaja.
Frustração foi o que o goleador levou dessa hora e meia que mostrou André Amaro ao melhor nível, à prova de todas as provocações e, maisumavez,num sinal claro ao treinador de que pode contar com ele. As oportunidades não deverão faltar, porque o jogo com o Estoril está aí, Jorge Fernandes continua em recuperação e a saída de Mumin está iminente.
Ontem, sucediam-se na internet as notícias a dar conta de um entendimento entre a SAD do Vitória de Guimarães e o Angers para a transferência do central inglês para a liga principal francesa, por quatro milhões de euros. Até ao final do dia não houve, contudo, oficialização deste negócio, à medida da necessidade de garantir receitas para os vimaranenses.
Entre a gestão de Moreno e a imposição das circunstâncias, André Amaro mostrou como cresceu - também em termos literais, fruto de um trabalho aturado e da mentalidade de profissional de alta competição -, desde os nove jogos com Pepa, na época passada. O futuro é dele e pode ser já.