“Somos nós que pomos pressão”
Vitória de etapa cumpriu primeiro objetivo da Kelly-Simoldes, agora falta a camisola da juventude
Tiros ao poste nas primeiras corridas e fratura de um fémur travaram Luís Gomes e a equipa andava sem vitórias. Em Braga respirou fundo e passou a ter como nova missão ajudar Hélder Gonçalves.
Luís Gomes é um dos corredores ●●● mais completos do pelotão nacional. Já com duas etapas da Volta no palmarés, o líder da Kelly-Simoldes-Oliveirense andava a viver uma época azarada, pois sofrera uma fratura do fémur numa queda, depois de ter sido terceiro na Clássica da Primavera, segundo na Arrábida e quarto nas Aldeias do Xisto. “Foi um ano atribulado, pois recuperei e tive de voltar a parar. E esta era uma vitória muito esperada pela equipa”, disse o gaiense de 28 anos, após vencer um sprint a seis.
“Já tínhamos tentado antes. Passei isolado pela terra da equipa, em Oliveira de Azeméis, e não consegui. Chorei junto aos meus chefes. Esta foi uma vitória com muito esforço, para dedicar à equipa, que eles merecem. É uma cereja no topo do bolo para nós”, contou, sabendo que a Kelly-Simoldes andava desde o início do ano em busca de um êxito assim.
“A minha preparação para a Volta não foi a ideal, mas o objetivo era vencer uma etapa. Eu ou um colega”, prosseguiu Gomes, referindo-se aos diretores-desportivos, Manuel Correia e Luís Pinheiro, para garantir que “os chefes não põem pressão”. “Nós é que a pomos, para fazer o melhor pela equipa e dignificar os patrocinadores. Hoje, graças a Deus, graças à estrelinha que tenho lá em cima e me guiou, conseguia a vitória”, completou. “Um objetivo está cumprido, estamos com a consciência mais tranquila. Agora temos o Hélder Gonçalves a lutar pela juventude, vamos ajudá-lo”, revelou.
“Queria vencer a etapa que passava em Oliveira de Azeméis. Não consegui e chorei. Mas levantei-me e lutei, como sempre fiz” Luís Gomes Kelly-Simoldes- UD Oliveirense