O Jogo

CÂNDIDO É O DONO DAS BARREIRAS

Popular vencedor de 25 etapas criou a Strong Speed, empresa que monta partidas e chegadas das corridas utilizando métodos inovadores 25 etapas Barbosa venceu Único: Cândido Volta pódio final da ao e foi três vezes

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Começou “a brincar” e já se transformo­u na fornecedor­a de pódios e barreiras da maioria das corridas. Tendo sistemas mecanizado­s, Cândido monta as estruturas da Volta com apenas 20 homens.

CARLOS FLÓRIDO

“Estou a fazer aquilo que admirava quando corria: preparar a segurança, o espetáculo para o público, colocando as marcas, barreiras e pódios de forma a que os patrocinad­ores tenham o máximo de retorno e continuem a investir no ciclismo”, diz Cândido Barbosa, um dos históricos da Volta a Portugal, na qual venceu 25 etapas (só Alves Barbosa, com 34, tem mais), ganhou oito vezes por pontos e teve dois segundos lugares (2005 e 2007) e um terceiro (2006) à geral. Agora, com 47 anos, é o proprietár­io da Strong Speed, a empresa criada há quatro anos e que monta partidas e chegadas utilizando métodos inovadores.

Os homens do famoso “Foguete de Rebordosa”, além de Volta a Portugal, fornecem pódios, barreiras e sinalética às corridas da Global Media, como o Grande Prémio JN, à Volta ao Algarve, à Clássica de Albergaria e à Prova de Abertura, fechando o ano no Festival de Pista, equipando ainda algumas provas de atletismo, o World Bike Tour e o Festival da Comida e a Missão Sorriso, eventos da Sonae.

“Sempre gostei desta área e entrei em jeito de brincadeir­a, quando era vereador da Câmara de Paredes, comprando um camião de pódio numa insolvênci­a. Arranjei-o e comecei a alugá-lo. Fui comprando mais uma carrinhas, grades, um camião... Hoje tenho quatro camiões, dois pódios e 2300 metros de barreiras inclinadas. Uma logística que permite organizar corridas de A a Z, com partidas, chegadas, metas de passagem e sinalética”, explica Cândido a O JOGO. “Quando sai da câmara criei a empresa para levar este negócio mais a sério. Tinha só esse camião, um trator, dois semi-reboques e 200 grades, hoje tenho 840 grades, dois semi-reboques para transporta­r, três empilhador­es. Fomos adquirindo material, para mecanizar a montagem de partidas e chegadas”, revela ainda.

Cândido Barbosa, procurando inovar, foi “ver a Vuelta e o Giro, para perceber como trabalham”. “Tal como eles, temos tudo mecanizado e a pensar no meio ambiente. Aqui não se deixam cair abraçadeir­as ao chão quando são cortadas. São todas colocadas em sacos de lixo que vão nos empilhador­es”. O método permite à Strong Speed, que tem três pessoas em permanênci­a, utilizar apenas 20 homens na Volta a Portugal. “São eles, mais quatro empilhador­es e cinco camiões. É um sistema diferente, agora há paletes que carregam as grades e os empilhador­es transporta­m-nas. Não precisamos da força bruta para meter barreiras nos camiões; a publicidad­e nunca cai ao chão, sai diretament­e da grade para uma carrinha. É aquilo que se faz no Giro, poupando no tempo, recursos humanos e desgaste das pessoas. Não é fácil fazer com 20 pessoas, pois cada quilómetro de grades leva 2000 abraçadeir­as para segurar a publicidad­e e ainda montamos o pódio e vigiamos as barreiras”, completa.

“Sempre gostei desta área e tendo estado no terreno consigo operar de forma diferente”

Cândido Barbosa CEO da Strong Speed

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