Um papa recordes que já sabe ganhar medalhas
Bronze de Diogo Ribeiro, nos 50 mariposa, quinto lugar de Camila Rebelo e sexto de Tamila Holub escreveram um dia de ouro – talvez o mais brilhante – da natação portuguesa
Ribeiro foi apenas a ponta de uma atuação memorável, acompanhada de quatro recordes absolutos, segunda melhor marca júnior mundial de sempre e um quase apuramento para a final dos 100 livres.
NUNO FILIPE
O coimbrão Diogo Ribeiro, ●●● treinado pelo conceituado Albertinho (Alberto Pinto, técnico brasileiro que foi responsável por medalhas olímpicas de César Cielo e Thiago Pereira e a quem a FPN entregou o treino no Centro de Alto Rendimento do Jamor) escreveu ontem uma das mais brilhantes páginas da natação nacional. E se a medalha de bronze foi o top em torno de um dia de sonho, está, ainda assim, muito longe de esgotar os méritos da sua atuação.
Sendo, aos 17 anos e nove meses, o terceiro nadador português mais jovem a participar num Europeu (batido apenas por Vítor Fonseca e Sara Oliveira) tornou-se o mais jovem de sempre a conquistar uma medalha. Apurado na véspera para a final, depois de ter melhorado o recorde nacional por duas vezes (de 23,28s para 23,18s) conseguiu, na final, voltar a subir a fasquia (23,07s), alcançando uma extraordinária medalha de bronze que não sorria a Portugal desde o Europeu de 2016, em Londres, quando Alexis Santos arrancou idêntico feito, mas nos 200 estilos.
Seria já suficiente para “nota 20” mas, e pelo meio, Diogo ainda nadou a eliminatória dos 100 livres. Apurouse para a meia final (que disputou apenas 26 minutos depois da final dos 50 mariposa) e onde esmagou os 48,72 do seu recorde absoluto (embora seja júnior), alcançando uns incríveis 48,52s ficando em nono, a meros oito centésimos (!) da final.
Os feitos de Ribeiro não podem, todavia, ofuscar o brilhantíssimo quinto lugar da lousanense Camila Rebelo (200 costas) e o sexto da bracarense Tamila Holub, nos 800 livres.