O Jogo

“Nunca queimei tempo...”

Técnico do FC Porto garante que a conversa com os árbitros sobre o tempo útil de jogo foi produtiva e sustenta que todos, inclusive os jogadores, têm de contribuir para a mudança

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“Confusões dos bancos” foi tema do encontro entre os principais intervenie­ntes do jogo, mas Conceição sublinhou que falar não basta. “É importante que depois se dê um passo em frente”, desafiou.

BRUNO FILIPE MONTEIRO

O desejo da Liga em aumentar ●●● o tempo útil de jogo ainda não teve o reflexo desejado na maioria dos jogos da primeira jornada. No FC Porto-Marítimo, por exemplo, jogaram-se apenas 51,42% do tempo total (terceiro pior registo da ronda, o pior em termos absolutos, com 50m37s), quando a média da última edição da prova, segundo o CIES (Observatór­io do Futebol), foi de 57m09s.

Notou diferença no tempo útil de jogo na primeira jornada? De quem depende mais o aumento ambicionad­o pela Liga?

—Tivemos uma reunião com os árbitros e a partilha foi muito boa. Devia-se promover mais esse tipo de encontros, porque há comunicaçã­o. Eles dão o ponto de vista deles, nós damos o nosso... Todos temos de contribuir, porque, por exemplo, o tempo perdido pelo VAR é menor do que nas substituiç­ões, na reposição de bola de um guarda-redes e nas novas lesões dos guarda-redes, contra as quais me tenho batido nos últimos anos. É evidente que o jogo tem de parar, mas há muitas situações que podemos e devemos melhorar. Agora, existem equipas teoricamen­te não tão bem apetrechad­as como nós que vêm ao Dragão e têm a sua estratégia. Também estive do outro lado, mas nunca queimei tempo dessa forma. Podiam dizer que defendia com 11 atrás da linha da bola e no meu terço defensivo, mas isso foi a estratégia definida, enquanto outros intervenie­ntes não pensam dessa forma. Às vezes, até é o próprio jogador a provocar a perda de tempo. São todos os intervenie­ntes que devem e podem melhorar, porque somos dos três últimos no tempo útil de jogo em toda a Europa. Foram faladas outras situações importante­s, como as confusões dos bancos. É importante que se fale e que cada uma das partes exponha o seu ponto de vista, mas que depois se dê um passo em frente.

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No FC Porto-Marítimo só se jogou 51,4% do tempo

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