O Jogo

MAIS UMA SAÍDA À PORTUGUESA

Monegasco Langellott­i bateu um pelotão cansado na véspera da Senhora da Graça

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Frederico Figueiredo, Mauricio Moreira e Luís Fernandes vão abordar a última etapa de montanha separados pelos 38 segundos fixados na quinta etapa, mas sentindo o peso dos dias a alta velocidade.

CARLOS FLÓRIDO

“Saída à portuguesa” é ●●● um termo internacio­nalmente conhecido no ciclismo, e nem sempre abonatório, pois refere-se aos inícios de etapas com ataques, contra-ataques e perseguiçõ­es que geram altas velocidade­s quando na boca dos ciclistas ainda vai o sabor do café da manhã. Ontem foi mais uma jornada dessas, com os 182,4 km de sobe e desce entre Viana do Castelo e Fafe percorrido­s a uma média de 43,52 km/h (e 49,8 km na primeira

a segunda Burgos-BH foi Estrangeir­os: a vencer

das equipas visitantes hora!). O pelotão ficou tão cansado que nem com várias equipas a ditar o ritmo eliminou o ataque tardio de Victor Langellott­i, um monegasco desconheci­do da Burgos-BH que somou a sua primeira vitória profission­al.

A oitava etapa serviu os interesses dos homens da geral, pois Frederico Figueiredo, Mauricio Moreira e Luís Fernandes conservara­m as diferenças de tempo e mantiveram a tranquilid­ade possível – não foi muita, tal a velocidade – enquanto a luta pela camisola verde gerava nova etapa louca. “Foi o diabo de um dia. Apliquei-me para tentar ganhar a etapa e garantir a camisola”, disse Scott McGill, que foi surpreendi­do pela ida de João Matias para a fuga, mas compensou com o terceiro lugar na meta (28 pontos) os 10 pontos que o sprinter da Tavfer-Mortágua ganhara em duas metas volantes. A questão ficou arrumada, a favor do norte-americano.

Se a Wildlife Generation, aliada à Caja Rural, anulou a fuga de 11 corredores que se formou ao km 90,5 e ameaçou ganhar a etapa, Langellott­i apareceu quando se esperava um sprint. O monegasco de 27 anos que fala espanhol – vai na quinta época pelo Burgos-BH – escapou a 4 km do final e nem Mauricio Moreira, que fez uma aceleração impression­ante, o alcançou. Ficou o bom sinal do uruguaio para hoje.

A Senhora da Graça, com três montanhasa­antecedê-la,será a etapa do tudo ou nada e Alejandro Marque até deu a tática: “Decide praticamen­te tudo. A Glassdrive leva muitos dias a trabalhar e todos temos a ideia de acelerar e deixá-los com menos elementos, para que a corrida fique mais aberta. Para eles a tática é fácil, que têm três dos quatro primeiros. Vão respeitar o camisola amarela, o Mauricio Moreira também estáfortee­têmoAntóni­oCarvalho para servir de travão se alguém atacar”.

“Isto é único. Não tem preço. Estou super feliz. Temos tentado vencer todos os dias” Victor Langellott­i Burgos-BH

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Victor Langellott­i tremeu no empedrado de Fafe, mas conseguiu manter-se à frente de Mauricio Moreira

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